Dólar cai com PIB melhor que o esperado no segundo trimestre

Às 9h22, o dólar caía 0,45%, cotado a R$ 4,927.

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Economia MERCADO-FINANCEIRO 01/09/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar registrava queda no início das negociações desta sexta-feira (1°) após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2023, que superou as expectativas do mercado.

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Às 9h22, o dólar caía 0,45%, cotado a R$ 4,927.

Nesta manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores.

O número representa uma desaceleração em relação ao crescimento registrado nos três primeiros meses do ano, quando o resultado foi puxado por um desempenho do agronegócio acima do esperado.

Mesmo assim, o desempenho foi melhor que o esperado pelo mercado. Segundo a agência Bloomberg, analistas de instituições financeiras e consultorias estimavam avanço de 0,4% na comparação com o primeiro trimestre e de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Com isso, o dólar abriu em queda e aprofundou as perdas com a divulgação do indicador.

Se mantida, a baixa do dólar seria um alívio após a moeda americana ter registrado forte alta na quinta (31), impactada pela divulgação de dados de inflação ainda fortes nos Estados Unidos, em sessão também influenciada por fatores técnicos. O cenário fiscal no Brasil também pressionou as negociações da divisa, que terminou o dia cotada a R$ 4,949, com valorização de 1,65%.

Já a Bolsa brasileira registrou forte queda de 1,52% e fechou aos 115.741 pontos ainda pressionada pela deterioração do cenário fiscal, enquanto investidores aguardavam a apresentação do projeto de Orçamento de 2024. Dúvidas sobre o cumprimento da meta de déficit zero, prevista no novo arcabouço fiscal, pesaram o sobre os negócios brasileiros

Com o resultado do pregão de quinta, o Ibovespa encerrou agosto com queda acumulada de 5,08%, enquanto o dólar teve alta de 4,67% no período. O mês foi marcado pelo aumento da aversão ao risco no exterior, em meio a preocupações sobre a desaceleração econômica da China e possíveis novas altas de juros nos Estados Unidos, o que também pressionou ativos brasileiros.

Nesse cenário, o Ibovespa teve queda significativa puxada por baixas do setor financeiro, com Itaú e Bradesco registrando perdas de 0,86% e 1,38%, respectivamente, e figurando entre as mais negociadas da sessão. Queda de 2,08% das ações da Petrobras também pressionou o índice.

Na ponta positiva, a Vale foi a única entre as mais negociadas a operar em alta, com suas ações subindo 0,15% em dia de valorização do minério de ferro no exterior.

Com as preocupações fiscais no radar, os juros futuros no Brasil registraram forte alta nesta quinta. Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 subiram de 10,44% para 10,55%, enquanto os para 2027 foram de 9,98% para 10,16%, pressionando ainda mais o desempenho de ativos brasileiros.

No câmbio, o dólar avançou sobre várias divisas globalmente após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos.

A inflação medida pelo índice de preços PCE, acompanhado de perto pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), ficou em 0,2% no mês passado, repetindo a taxa mensal vista em junho. Nos 12 meses até julho, o PCE aumentou 3,3%, depois de avançar 3,0% em junho.

No Brasil, o dólar ainda foi pressionado por fatores técnicos pela formação da taxa Ptax, que ocorre no último dia útil do mês.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.

Nos EUA, a maioria dos índices acionários fecharam em queda justamente por conta dos dados de inflação do início do dia, com o Dow Jones e o S&P 500 caindo 0,48% e 0,16%, respectivamente. O índice de tecnologia Nasdaq, no entanto, teve alta de 0,11%.

Leia Também: Haddad admite desafio em cumprir meta de déficit zero em 2024

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