Lula assina parecer que prevê demissão para casos de assédio sexual no serviço público federal

O parecer elaborado pela AGU (Advocacia-Geral da União) tem um caráter vinculante e por isso passa a vigorar em toda a administração pública federal

© Getty

Economia Serviço Público 05/09/23 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira (4) um parecer que prevê a pena de demissão para todos os casos comprovados de assédio sexual no serviço público.

PUB

O parecer elaborado pela AGU (Advocacia-Geral da União) tem um caráter vinculante e por isso passa a vigorar em toda a administração pública federal.

A legislação que estabeleceu o regime jurídico dos servidores públicos civis da União não contém uma tipificação expressa para tratar os casos de assédio sexual como um desvio funcional. Por isso, esses casos poderiam ser tratados de duas maneiras, sendo que uma delas previa apenas uma penalidade mais branda.

Segundo material divulgado pelo governo, esse parecer vinculante da AGU busca justamente suprir essa lacuna, para estabelecer diretamente a pena de demissão para as práticas comprovadas de assédio sexual.

"O parecer estabelece que a prática do assédio sexual é conduta a ser punida com demissão, penalidade máxima prevista na Lei nº 8.112/90 [Regime jurídico dos servidores]. Até então, como não há expressa tipificação do assédio como desvio funcional na Lei nº 8.112/90, a conduta era enquadrada ora como violação aos deveres do servidor –cuja penalidade é mais branda–, ora como violação às proibições aos agentes públicos -esta, sim, sujeita à demissão", afirma o texto

O novo parecer, portanto, determina que os casos de assédio sexual que forem devidamente apurados e comprovados devem ser enquadrados como uma das condutas proibidas aos servidores públicos, cuja pena prevista é a de demissão.

A assinatura do parecer aconteceu durante reunião no Palácio do Planalto, com o presidente Lula e os ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviço Público), Cida Gonçalves (Mulheres) e Jorge Messias (AGU).

O parecer, explica o governo, prevê que os entendimentos que serão aplicados nos casos de assédio sexual não precisarão ser aplicados necessariamente nos casos em que há superioridade hierárquica do agressor em relação à vítima. No entanto, o cargo deve "exercer um papel relevante na dinâmica da ofensa".

Além disso, acrescenta, as condutas que administrativamente devem ser enquadradas como assédio sexual serão aquelas previstas no Código Penal como crimes contra a dignidade sexual.

"O objetivo do parecer é uniformizar a aplicação de punições e conferir maior segurança jurídica aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal no tratamento disciplinar conferido à prática de assédio sexual por servidor público federal no seu exercício profissional. Os casos de assédio sexual na administração pública são apurados por meio de processo administrativo disciplinar", completa a nota.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia pacote fiscal Há 23 Horas

Pacote Fiscal: Veja o que o Congresso manteve ou alterou nas medidas do governo

fama Rio de Janeiro Há 23 Horas

Mário Gomes volta à mansão após despejo

fama PRETA-GIL Há 18 Horas

Madrastra atualiza estado de saúde de Preta Gil e fala em recuperação lenta

brasil BR-116 Há 17 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Vanessa Carvalho Há 18 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

esporte CBF-DENÚNCIAS Há 19 Horas

Presidente da CBF demite diretor que é amigo de Ronaldo por justa causa

esporte DENÍLSON-JOGADOR Há 22 Horas

Denílson se despede da Band após 14 anos na emissora

fama ROBERTO-CARLOS Há 22 Horas

Em possível último especial na Globo, Roberto Carlos dá mais ibope que sertanejo

fama Nicole Bahls Há 23 Horas

'Não me sinto confortável', diz Nicole Bahls sobre ser mãe

fama RODRIGO-FARO Há 21 Horas

Rodrigo Faro grava último programa na Record e se despede