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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O salário mínimo para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas em agosto deveria ter sido de R$ 6.389,72, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgado nesta quarta-feira (6).
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Isso equivale a 4,84 vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.320. Houve queda em relação a agosto do ano passado, quando o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.298,91 -5,20 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.212.
Para fazer o cálculo, o Dieese considera o preço de alimentos básicos em 17 capitais brasileiras e a Constituição, que diz que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O preço da cesta básica caiu em 16 das 17 capitais pesquisadas. Natal registrou a maior queda, de 5,29%. Só em Brasília os alimentos ficaram mais caros (0,35%).
Para comprar uma cesta básica, o trabalhador que ganha um salário mínimo deve trabalhar, em média, 109 horas e 1 minuto. Esse tempo caiu em relação ao mesmo mês em 2022, quando a jornada média era de 119 horas e 8 minutos.
Preço do leite integral baixou em todas as capitais, segundo o levantamento. A queda varia de 5,61% em Porto Alegre a 0,28% no Rio de Janeiro. O Dieese atribuiu a variação à maior oferta de leite no campo, maior importação e menor demanda.
Batata e feijão carioca também ficaram mais baratos em todas as cidades pesquisadas. A pesquisa apontou que a colheita dos últimos meses teve bom resultado, o que teve impacto sobre o preço. Já o arroz ficou mais caro em 12 das 17 capitais. Segundo o Dieese, o grão foi exportado em maior volume no mês.