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Apesar da ampla vantagem sobre o mexicano Sergio Pérez na classificação geral, Verstappen não tem chances de confirmar o título neste fim de semana, no circuito de rua de Marina Bay. Isso porque ainda há muitos pontos em jogo na corrida deste domingo e nas sete últimas da temporada, incluindo o GP de São Paulo, em 5 de novembro.
No total, são 232 pontos em disputa até a bandeirada final do GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, última etapa da competição, no dia 26 de novembro. A conta inclui os 26 pontos possíveis que cada vencedor de corrida pode receber (25 da vitória e mais um pela volta mais rápida, se for o caso) e mais oito pontos para o piloto que chegar em primeiro nas três corridas sprint desta reta final da temporada.
Verstappen poderá começar a sonhar com o título na etapa seguinte, no Japão, no dia 24 deste mês. Se isso acontecer, ele vai repetir o roteiro da temporada passada, quando também celebrou o troféu do campeonato no tradicional Circuito de Suzuka. Para tanto, precisará ampliar sua vantagem na classificação geral para 180 pontos sobre Pérez, seu companheiro na equipe Red Bull.
Na prática, o holandês teria que contar com uma boa combinação de resultados para festejar a conquista no GP do Japão. O cenário é um tanto improvável porque o mexicano tem média de 16 pontos por etapa - Verstappen tem 26. Se a média for mantida tanto em Cingapura quanto em Suzuka, o campeonato só poderá ser sacramentado no Catar.
O Circuito de Lusail vai receber os pilotos de F-1 no dia 8 de outubro. E, ao menos por enquanto, a pista do Catar é o cenário mais favorável para a vitória matemática de Verstappen. Para isso acontecer, Verstappen terá que deixar o Catar com uma vantagem de 146 pontos sobre Pérez no campeonato.
Se o holandês mostrar uma rara irregularidade nas pistas e a disputa se alongar, a vantagem que precisará obter nos GPs seguintes para sacramentar o título é: Estados Unidos (112), México (86), Brasil (52) e Las Vegas (26).
A conquista, contudo, parece ser apenas uma questão de tempo, tal o domínio do holandês na temporada. Quando confirmar a conquista, Verstappen entrará no seleto grupo de tricampeões da F-1, algo compartilhado apenas com os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet, o escocês Jackie Stewart, o austríaco Niki Lauda e o australiano Jack Brabham.
Curiosamente, Verstappen poderá igualar Piquet, pai da sua namorada, Kelly Piquet. Em entrevista ao Estadão, Nelsinho Piquet, ex-piloto de F-1 e irmão de Kelly, disse que seu pai torce por muitos títulos do genro.
"Meu pai torce para ele seja campeão cinco, seis, sete vezes, enfim, que ganhe o máximo de campeonatos possíveis. Meu pai gosta muito do jeito dele porque meu pai gosta de pilotos arrojados, e não somente por causa da minha irmã. Ele gosta de pilotos que seja chuva, seja sol ou caia neve, com pneu frio ou quente, ele bota para passar e é muito agressivo", disse Nelsinho ao Estadão, nesta semana.
Acima de Verstappen, estarão o alemão Sebastian Vettel e o francês Allain Prost, ambos tetracampeões mundiais; o argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão; e o inglês Lewis Hamilton e o alemão Michael Schumacher, ambos heptacampeões.
TÍTULO NO FIM DE SEMANA
Verstappen não poderá ser campeão neste fim de semana. Mas a Red Bull poderá celebrar uma grande conquista. Dependendo de uma combinação de resultados, o time austríaco poderá confirmar o título do Mundial de Construtores, a disputa entre as equipes da F-1. Esta briga costuma ser acirrada devido à premiação, que pode superar os 100 milhões de euros, equivalente a R$ 523 milhões.
No momento, a Red Bull lidera esta classificação com 310 pontos de vantagem sobre a vice-líder Mercedes. Para celebrar o bicampeonato, o time precisa aumentar essa distância para 353 pontos. Assim, uma combinação de resultados possível seria uma dobradinha de Verstappen e Pérez mais o ponto extra pela volta mais rápida ao mesmo tempo em que a Mercedes não pudesse obter mais do que um ponto.
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