© Marcelo Camargo/Agência Brasil 
O MEC fixou um prazo de 15 dias para que a Unisa envie informações a respeito das medidas tomadas pela instituição para apurar os fatos e punir os envolvidos. Na noite de segunda-feira, 18, a Unisa anunciou a expulsão dos estudantes.
"É um episódio repugnante. É inaceitável esse comportamento de um jovem, principalmente dentro de uma universidade, que se pretende ser um médico, cuidar das pessoas. Não só repudiamos, como consideramos um fato inaceitável. Logo que tomei conhecimento determinei que o MEC tomasse todas medidas cabíveis", disse.
Camilo Santana foi entrevistado por jornalistas durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), em São Paulo.
"Não só é importante a expulsão dos alunos, mas também que possam responder legalmente aos fatos ocorridos. Não podemos imaginar um jovem com esse tipo de atitude, principalmente um jovem que pretende ser médico."
A Polícia Civil de São Paulo investiga os vídeos. Os gestos são tipificados como crime de ato obsceno - manifestação de cunho sexual em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade -, conforme o artigo 233 do Código Penal. O crime é punido com detenção de três meses a um ano, ou multa.
A competição ocorreu em São Carlos, interior paulista, de 28 de abril a 1º de maio. Nos vídeos que circulam passaram a circular nas redes sociais no fim de semana, é possível ver o grupo mostrar as genitálias e, na sequência, fazer atos obscenos voltados para a quadra.
A conduta ocorreu após a vitória do time de alunas da Unisa sobre atletas da Universidade São Camilo, segundo nota da São Camilo. As imagens viralizaram nos últimos dias.
O caso motivou reação de órgãos do governo além do MEC, como o Ministério das Mulheres. Em publicação no "X", antigo Twitter, a pasta repudiou o comportamento dos estudantes. "Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas - elas devem ser combatidas com o rigor da lei", diz a publicação. (Colaborou José Maria Tomazela)
PUB