7 em cada 10 pessoas costumam parcelar compras no Brasil, diz Serasa

Maioria dos brasileiros tem o costume de pagar compras de forma parcelada

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Economia Compras 20/09/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Sete em cada dez brasileiros costumam optar por pagamentos parcelados na hora de fazer compras, mostra nova pesquisa da Serasa. O estudo identificou quais fatores são levados em consideração na hora de dar preferência para o parcelamento.

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O QUE DIZ A PESQUISA

Maioria dos brasileiros tem o costume de pagar compras de forma parcelada. Mesmo com a popularidade do Pix, o parcelamento de compras tem grande adesão. Segundo a Serasa, 71% dos consumidores costumam parcelar compras. O dado é parte do estudo "Relação com o Dinheiro", feito em parceria com a Opinion Box. Ao todo, foram entrevistadas 8.888 pessoas entre os dias 27 de julho e 23 de setembro.

Um quarto dos consumidores paga parcelado por não ter dinheiro suficiente. Entre os fatores levados em consideração antes de parcelar uma compra, o fato de não ter o valor cheio em conta para pagar à vista foi citado por 27% dos entrevistados. Para outros 25%, a prioridade é saber se há ou não cobrança de juros.

Parcelar compras por costume é uma realidade para 25% dos entrevistados. Além disso, 24% dos consumidores dizem pagar parcelado para conseguir comprar mais coisas e 23% dizem que preferem pagar valores diluídos ao longo do tempo. "O parcelamento parece, de fato, incorporado à realidade econômica dos brasileiros", diz à reportagem Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

Compras normalmente são feitas com cartões de outras pessoas. A maior parte (38%) dos parcelamentos é feita com cartão de crédito de terceiros, principalmente nos estados de Alagoas (50%), Pernambuco (47%) e Rio de Janeiro (47%). Em seguida, aparecem o boleto (27%) e o crediário específico de lojas (24%).

"Com boa orientação financeira e planejamento, o parcelamento pode ser uma opção em momentos de emergência ou para a conquista de algum sonho, como a compra de um imóvel, uma viagem ou até mesmo algum bem durável", diz Patrícia.

BUSCA POR CRÉDITO É ALTA

Três em cada quatro pessoas buscaram crédito em algum momento da vida. Entre aquelas que, de fato, contrataram, o cartão de crédito (53%) e o empréstimo pessoal (48%) são as principais modalidades procuradas. Crédito consignado (21%) e cheque especial (13%) aparecem logo em seguida. Em último, está o financiamento de veículo (10%).

56% dos consumidores têm o costume de fazer controle mensal dos gastos. Anotações em papel (42%), verificação de faturas (33%) e checagem online de extrato bancário (29%) são os métodos mais comuns, de acordo com a Serasa.

Pessoas estão mais esperançosas em relação às finanças. Mais da metade (53%) dos consumidores diz estar mais otimista com sua situação financeira em comparação com os últimos anos. Outros 47% afirmam estar mais seguros em relação ao dinheiro. A maioria também sente menos medo (41%) agora do que antes.

"Diversos fatores podem impactar nessa visão mais otimista e esperançosa. Tivemos a melhora de alguns índices econômicos, como inflação, desemprego e taxa de juros, além de, claro, o fim da pandemia, cujos reflexos negativos se estenderam por muito tempo", afirma Patrícia.

PARCELAMENTO SEM JUROS

Recentemente, presidente do BC falou em "disciplinar" parcelamento. Roberto Campos Neto levantou a possibilidade de se criar uma tarifa para desincentivar o parcelamento sem juros no cartão de crédito. A continuidade ou não das compras parceladas sem juros abriu uma briga entre grandes bancos, varejo e fintechs.

Governo e Congresso buscam reduzir os juros do cartão e a inadimplência. Um projeto em tramitação no Congresso estipula prazo de 90 dias para que os bancos definam um patamar de juros para o rotativo. O texto não aborda o parcelamento de compras sem juros.Fim do parcelamento sem juros afetaria consumo e atividade econômica. "A cultura do parcelamento está muito arraigada. Quando eu interfiro no parcelamento, eu tiro a possibilidade de consumo de diversas famílias", explicou à reportagem Izis Ferreira, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), em matéria publicada em agosto.

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