Cápsula da NASA com amostra de asteroide já chegou à Terra

Asteroide em questão tem 4,5 bilhões de anos.

© NASA

Tech NASA 24/09/23 POR Notícias ao Minuto Brasil

Uma cápsula da NASA, que contém amostras do asteroide Bennu, aterrou em segurança na Terra este domingo (24), diz o jornal britânico The Independent.

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É a primeira vez desde 2020 que a NASA traz para o nosso planeta um pedaço de um asteroide. Ao mesmo tempo, e a cumprir-se o esperado, esta será a maior amostra a ser trazida para a Terra: pesa 250 gramas, estimam os cientistas, que só saberão ao certo o seu peso quando a mesma for aberta.

Tal só deverá acontecer, no entanto, na terça-feira, 26 de setembro.

Os peritos creem que o asteroide Bennu contém moléculas que remontam à formação do sistema solar, há 4.500 milhões de anos e que pode dar algumas respostas a questões que intrigam a humanidade há séculos, como a origem da vida e do próprio sistema solar.

Live Now: #OSIRISREx delivers the US's first pristine asteroid sample after a 3.86 billion-mile journey. Watch landing live from @DeptOfDefense's Utah Test & Training Range. Use #AskNASA to send us your questions. https://t.co/biS33u6RtP

— NASA (@NASA) September 24, 2023

A NASA escolheu precisamente o Bennu por ser relativamente rico em moléculas orgânicas e poder ajudar a responder a uma das grandes incógnitas da ciência: Como conseguiu a Terra ter uma abundância de moléculas orgânicas e água líquida, dois ingredientes chave para a vida?

Além da composição do Bennu, o outro motivo pelo qual os cientistas o escolheram é porque tem uma órbita bastante conhecida, o que facilitou a aproximação da nave 'Osiris-Rex' para recolher amostras.

Descoberto em 1999, acredita-se que o Bennu se formou a partir de fragmentos de um asteroide muito maior após uma colisão. Tem aproximadamente a altura do Empire State Building e a sua superfície negra e rugosa está repleta de rochas grandes.

Além disso, existe uma remota hipótese de o Bennu colidir com a Terra dentro de 159 anos e, apesar de essa possibilidade ser de apenas 0,057%, esta missão da NASA também serviu para ver como mudar a trajetória do asteroide se for necessário, disse à EFE o argentino Lucas Paganini, cientista da NASA.

A viagem começou em 2016, quando a nave 'Osiris-Rex' partiu do centro da NASA em Cabo Canaveral, Florida. Chegou a Bennu em 2018 e, depois de voar ao redor do asteroide durante dois anos, em busca do melhor local para a recolha de amostras, a nave aproximou-se da superfície para extrair poeira e pedaços de rochas.

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