Egito culpa Israel por fronteira em Rafah estar fechada para fuga de civis

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que o governo israelense ainda "deve cumprir os passos necessários"

© Getty Images

Mundo Conflito 16/10/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Egito culpou Israel pela não abertura do posto de fronteira de Rafah, na Faixa de Gaza, que permitirá a saída de civis em direção ao país africano.

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O ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que o governo israelense ainda "deve cumprir os passos necessários". Além de palestinos, entre os cidadãos que tentam fugir da guerra também estão pessoas de várias nacionalidades, incluindo 28 brasileiros.

O Egito também diz que Israel não está cooperando com a entrega de ajuda à Faixa de Gaza. "Há uma necessidade urgente de aliviar o sofrimento dos civis palestinos", acrescentou Shoukry.

O posto de Rafah registrou movimentação de veículos da ONU durante esta manhã, mas segue fechado. Veículos de imprensa chegaram a noticiar a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, mas Israel negou a informação logo em seguida.

"Não há até o momento um cessar-fogo nem a entrada em Gaza de ajudas humanitárias em troca da saída de cidadãos estrangeiros", afirma o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Governo brasileiro afirma que brasileiros não estão nos portões de Rafah. Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, disse que os cidadãos aguardam a liberação em local mais seguro.

Itália aguarda abertura de fronteira para repatriar de 10 a 12 de seus cidadãos. Roma também trabalha para a libertação de ítalo-israelenses que podem estar entre os cerca de 200 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Entre os sequestrados está um casal e um jovem que participava da rave atacada pelo Hamas em 7 de outubro.

Até o momento, o conflito já contabiliza mais de 4 mil mortos, sendo 2,75 mil do lado palestino e 1,4 mil do lado israelense. Mais de 13 mil pessoas ficaram feridas. Entre as vítimas estão 14 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina mortos em bombardeios israelenses em Gaza.

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