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O acidente aconteceu no último dia 10, mas, segundo a FUP, não foi comunicado pela empresa ao Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), um dos seus filiados, nem à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da refinaria, privatizada em dezembro de 2021.
O Sindipetro-BA pediu explicações à Acelen sobre o porquê da omissão.
O hipoclorito de alta pureza misturado a outro produto químico, por meio de contaminação cruzada, gerou um gás de alta toxicidade.
Segundo informações que chegaram ao Sindipetro-BA, o gás foi inalado por cerca de 30 pessoas e 14 trabalhadores foram hospitalizados.
Além dos operadores da refinaria, pessoas que participavam de um curso de treinamento também foram atingidas e ficaram presas na sala, tentando se proteger, porque o gás tóxico se espalhou por todo prédio, incluindo o centro de treinamento, refeitório central e área de embarque e desembarque de ônibus, segundo a FUP.
Outro lado
A Acelen confirmou que no último dia 10 foi identificado um vazamento de hipoclorito de sódio durante descarga de um caminhão durante a madrugada.
Segundo a empresa, a situação foi rapidamente contida pelo time técnico da operação, segurança e meio ambiente da refinaria.
"As pessoas que sentiram desconforto respiratório após o incidente foram imediatamente assistidas e passam bem. A empresa segue reforçando medidas preventivas e de proteção para garantir os padrões de segurança no manuseio de produtos químicos", informou a Acelen em nota.
A empresa esclareceu que o ocorrido foi imediatamente comunicado à Cipa, que também foi convidada a participar das investigações relativas às possíveis causas do incidente buscando estabelecer as medidas corretivas e evitar novas ocorrências.
Ainda de acordo com a Acelen, o Sindipetro-BA foi informado no mesmo dia da ocorrência, respeitando o compromisso com a transparência e o diálogo com a entidade.
"Portanto, não procede a informação que as entidades não foram devidamente comunicadas", disse a companhia. "A Acelen esclarece que segue fielmente a legislação brasileira respeitando as normas, carga horária e conteúdo programático dos treinamentos realizados na Refinaria de Mataripe, sendo submetida às fiscalizações dos órgãos públicos", ressaltou, afirmando que desde que assumiu a operação da Refinaria investiu em capacitação, modernização e melhorias nos processos para garantir as melhores práticas de segurança para seus colaboradores.
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