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Paulinho rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo no dia 24 de maio, na partida contra o Argentinos Juniors, em Buenos Aires, pela fase de grupos da Copa Libertadores. O volante passou por cirurgia no mês seguinte e o departamento médico do clube estipulou um prazo de pelo menos sete meses para a recuperação, descartando as chances de ele retornar ainda nesta temporada. O jogador já havia operado o mesmo joelho em 2022 por causa de problema semelhante e pouco atuou naquele ano.
Com contrato terminando em dezembro, a tendência é de que a diretoria corintiana renove com o jogador. Isso porque a lei obriga o clube a dar suporte durante toda a recuperação de um atleta que sofre acidente de trabalho. Como a extensão de vínculo já está praticamente certa por causa dessa questão, existe a possibilidade de um contrato até o fim de 2024, e não um acabando ainda no primeiro semestre.
O Corinthians acertou o retorno de Paulinho em janeiro do ano passado. Ele fez 20 jogos e marcou quatro gols antes de se machucar na partida com o Fortaleza, em maio, e perder o restante da temporada. Já em 2023, ele anotou dois gols em 19 partidas, sendo apenas cinco como titular e apenas duas jogando os 90 minutos. Para a posição, o técnico Mano Menezes conta com Gabriel Moscardo, Fausto Vera, Roni, Renato Augusto, Cantillo, Giuliano, Maycon e Ruan Oliveira. Para 2024, apenas os três primeiros têm a permanência certa.
Paulinho ganhou projeção sendo um dos destaques do Corinthians comandado por Tite no início da última década. Pelo clube, ele conquistou o Campeonato Brasileiro (2011), a inédita Copa Libertadores (2012), o Mundial de Clubes (2012) e o Paulistão (2013). O volante acumulou convocações para a seleção brasileira, sendo chamado para a Copa de 2014, e teve passagens por Barcelona e Tottenham, além do futebol árabe e chinês, antes de voltar para o time do Parque São Jorge.
O trabalho na reformulação do elenco corintiano está estagnado por causa da eleição presidencial no clube. No mês que vem, os sócios vão às urnas decidir quem comandará o clube no próximo triênio. A chapa da situação, Renovação e Transparência, indicou o conselheiro André Luiz Oliveira, mais conhecido como André Negão, para tentar manter o grupo do ex-presidente Andrés Sánchez e Duílio no poder. A oposição se atém à candidatura única de Augusto Melo, segundo colocado no último pleito, e está confiante em conseguir encerrar um domínio de 16 anos na política do Corinthians.
A rixa nos bastidores deixam o cenário político do Corinthians incerto e todas as negociações com os jogadores só devem ocorrer após o pleito do mês que vem. Contudo, a estratégia é considerada arriscada, uma vez que os atletas com vínculo somente até dezembro já podem assinar pré-contrato com qualquer outra equipe desde o dia 1º de julho. Alessandro Nunes, gerente de futebol do clube, não agrada aos candidatos e vai deixar a função ao fim do mandato de Duílio Monteiro Alves. Caso vença, Augusto Melo estuda trazer o ex-jogador Chicão para o cargo.
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