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No vídeo, é possível ouvir o torcedor dizer a palavra "mono" (macaco, em espanhol) repetidas vezes. O registro foi feito pelo jornalista Victor Boni, do jornal Marca, da Espanha. Segundo Boni, o staff de Vini Jr. está em contato com a La Liga para identificar o torcedor. Na semana passada, o torcedor do Sevilla que imitou um macaco em direção ao atacante foi identificado pelo clube, que o expulsou do estádio Ramón Sánchez Pizjuán.
O Barcelona se pronunciou algumas horas depois de a partida ser encerrada. Em nota, o clube diz defender os "valores do futebol, como o respeito pelos rivais" e promete "investigar qualquer insulto racista que por ter ocorrido nesta tarde durante o jogo contra o Real Madrid". A LaLiga também emitiu um comunicado. Segundo a nota, a liga trabalha para identificar as pessoas que profeririam insultos racistas e vai "como sempre, apresentar queixa pertinente".
Nesta semana, Mikel Camps, membro da diretoria do Barcelona, postou no X, antigo Twitter, um comentário contra Vini Jr. O porta-voz adjunto da diretoria da equipe catalã referia-se ao duelo do Real Madrid contra o Braga, pela Champions League. "Não é racismo, ele merece um tapa por ser palhaço e folgado. O que representam essas pedaladas desnecessárias e sem sentido no meio de campo?", postou Camps, que apagou a publicação pouco tempo depois.
LEI E INTERRUPÇÃO DE PARTIDAS
Vinícius Júnior virou nome de lei no Rio de Janeiro. A Lei 10.053/23 institui a Política Estadual Vini Jr de Combate ao Racismo nos Estádios e nas Arenas Esportivas do Estado. De acordo com o texto, qualquer cidadão poderá informar condutas racistas a qualquer autoridade presente no estádio. A denúncia deverá ser encaminhada à organização do evento, à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e às autoridades.
Em maio, quando Vini Jr. sofreu racismo contra o Valencia, o Ministério do Interior do país também determinou que as forças de segurança podem interromper partidas e até mesmo esvaziar um estádio quando houver casos de racismo e xenofobia. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também defendeu a interrupção de jogos em casos de racismo.
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