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O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), não afirmou se homologou ou não a delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez. De acordo com o Extra, Teori destacou que os depoimentos estão em sigilo por determinação legal e, segundo o ministro, o sigilo só poderia ser revogado se for de interesse das partes, neste caso, o Ministério Público Federal (MPF) e os próprios delatores.
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O colunista do Globo, Merval Pereira, revelou na noite de quarta-feira (6) que o ministro havia homologado o depoimento da empreiteira. A dúvida é se ele liberará o documento oficial ou se manterá o sigilo, porque ainda haveria investigação sendo feita.
"Em matéria de delação premiada, a lei estabelece que tudo tem que ser mantido em sigilo. Enquanto as partes não abrirem mão, do sigilo eu vou cumprir a lei", disse o ministro, ao chegar para a sessão da tarde desta quinta-feira no STF.
Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República, os executivos da Andrade Gutierrez afirmaram que as construtoras responsáveis pela obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte combinaram o pagamento de uma propina de R$ 150 milhões, 1% do valor que elas iriam obter pelos contratos firmados.
Os recursos seriam pagos ao longo da construção da obra e seriam divididos entre PT e PMDB. Cada partido ficaria com uma cota de R$ 75 milhões. Os recursos foram repassados, segundo a delação premiada, sob forma de doações legais para campanhas de 2010, 2012 e 2014.