Alunas de medicina da USP denunciam professor por transfobia em Ribeirão Preto

Louíse Rodrigues e Silva e Stella Branco são mulheres trans e teriam sido ameaçadas pelo médico e professor Jyrson Guilherme Klamt

© Getty

Brasil São Paulo 09/11/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Duas estudantes de medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, no interior do estado, procuraram a polícia para denunciar um professor por transfobia. Louíse Rodrigues e Silva e Stella Branco são mulheres trans e teriam sido ameaçadas pelo médico e professor Jyrson Guilherme Klamt.

PUB

Segundo o DCE (Diretório Central de Estudantes), o caso aconteceu na primeira semana de novembro durante o almoço, no refeitório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina. O caso será investigado pela Faculdade de Medicina.

Um dia antes, cerimônia realizada na universidade havia ressaltado a luta contra a transfobia e destacado o direito ao uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero.

O professor então teria criticado as políticas de inclusão na USP e agredido verbalmente as duas estudantes, que estão no último ano do curso.

De acordo com Louíse, o professor a abordou e disse que considera absurdo o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero. Depois, teria dito que as alunas trans sairiam mortas do sanitário feminino caso dividissem o espaço com a filha dele.

Stella juntou-se a Louíse para defendê-la e disse que o professor acredita na impunidade. Elas registraram um boletim de ocorrência e dizem ter contado com duas testemunhas que presenciaram as agressões.

"É um absurdo que ainda haja na Universidade de São Paulo tamanha violência e que tais agressores saiam impunes, enquanto as vítimas dessa situação violenta sejam negligenciadas e mal recebem o apoio da faculdade", diz o DCE, em nota.

Em entrevista por telefone ao Jornal da EPTV, afiliada da TV Globo, o professor Jyrson Guilherme Klamt afirmou que não teve intenção de constranger as alunas e que nunca teve atitude transfóbica. Ele disse que apenas perguntou a uma das alunas como ela gostaria de ser tratada e a reação foi violenta.

Agressões contra a população LGBTQIA+ são penalizadas como crimes raciais desde junho de 2019, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu ter havido omissão do Congresso Nacional ao não editar lei que criminalize atos do tipo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica DEBATE-SP Há 12 Horas

Datena agride Marçal com cadeirada e é expulso de debate da TV Cultura

politica PABLO-MARÇAL Há 9 Horas

Equipe de Pablo Marçal diz que ele fraturou a costela e segue no hospital

mundo Inglaterra Há 11 Horas

Professora fica paraplégica após acidente com barra de 120 kg em academia

fama Michael Jackson Há 11 Horas

Morre Tito Jackson, irmão de Michael Jackson, aos 70 anos

politica Eleições Há 1 Hora

Marçal é detonado por eleitores após provocar Datena: "Desserviço"

justica Pé de Serra Há 9 Horas

Ex-jogador de futebol é encontrado morto na Bahia

esporte Caio Paulista Há 10 Horas

Ex-mulher de Caio Paulista diz ter sido vítima de agressões; entenda

fama Maidê Mahl Há 10 Horas

Amiga pede que não perguntem sobre Maidê Mahl e confirma estado bem grave

justica MORTE-SP Há 9 Horas

Estudante que ligou para o namorado e pediu socorro é achada morta em SP

lifestyle Ovos Há 9 Horas

Como saber se um ovo está estragado usando a lanterna do seu celular