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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O influenciador baiano Jackson Cunha, mais conhecido como Vitty, denunciou através de suas redes sociais ter sido vítima de racismo por parte de um membro da equipe do Festival Liberatum, realizado entre 3 e 5 de novembro. O evento, que tinha como proposta celebrar a cultura negra, reuniu personalidades como Viola Davis e Angela Bassett em Salvador (BA).
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Segundo o relato de Vitty, um homem branco e estrangeiro, que fazia parte da produção do festival, constrangeu ele e alguns amigos enquanto eles tentavam fazer fotos em um espaço do evento. O funcionário tentou impedir que as imagens fossem feitas, sem explicação.
Vitty também diz que o mesmo homem chegou a mexer em sua bolsa durante um jantar em homenagem à cantora Alcione, que estava no evento. Indignado, ele começou uma discussão no local. "Foi uma falta de respeito com Salvador, uma falta de respeito com as pessoas pretas e principalmente uma falta de respeito com os artistas pretos de Salvador", afirma o influenciador.
Após a repercussão nas redes sociais, o Liberatum emitiu um comunicado em que diz ter demitido o profissional, que não foi identificado. A organização também afirma não admitir qualquer ato de racismo ou preconceito em seus quadros.
"A Liberatum expressa publicamente repúdio às situações de racismo que aconteceram nos últimos dias. Eu. Pablo. Fundador da Liberatum. Pessoa não-branca, indiana. Queer. Não só tive meu cargo questionado por pessoas brancas do público, como fui fisicamente empurrado por uma delas durante o festival", diz o texto.
"A Liberatum se responsabiliza e se solidariza com toda e qualquer pessoa que tenha experienciado discriminação, em especial Vitty, que publicamente sinalizou o caso criado por um dos nossos funcionários que foi imediatamente expulso do local", prossegue a nota. "Após investigação interna, o mesmo foi devidamente notificado e demitido. Não compactuamos com nenhuma forma de discriminação. É contra tudo que lutamos."