Jorginho Mello veta projeto que daria porte de arma a vigilantes fora do expediente

O veto acolheu os pareceres da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e das Polícias Civil e Militar de Santa Catarina

© Divulgação

Brasil Santa Catarina 13/11/23 POR Estadao Conteudo

O governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL) vetou um projeto de lei que concede porte de arma a vigilantes da iniciativa privada. A proposta, aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) no dia 3 de outubro, reconhecia a atividade como "de risco", o que justificaria a autorização para porte de arma de fogo dentro e fora do horário de trabalho.

O veto, que foi publicado em uma versão extra do Diário Oficial de Santa Catarina na última quinta-feira, 9, acolheu os pareceres da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e das Polícias Civil e Militar de Santa Catarina. Mello fundamentou o veto dizendo que a proposta é "inconstitucional e contrária ao interesse público".

O projeto de lei n. 129/2022 foi proposto por um correligionário de Mello, o deputado estadual Jessé Lopes (PL), e permitiria a posse de armamentos por vigilantes e seguranças privados inclusive em "folgas e períodos entre turnos". Na justificativa, o parlamentar afirma que "o porte de arma conferido aos profissionais de empresas privadas de segurança tem sido vilipendiado, de forma que esses agentes só têm gozado dessa prerrogativa quando em efetivo serviço".

Para o deputado que apresentou a proposta, o direito desses trabalhadores de portarem armas de fogo fora do horário de serviço é uma questão de "segurança jurídica". A reportagem procurou o deputado Jessé Lopes, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Os pareceres que o governador acolheu para justificar o veto total à proposta dizem que ela viola a prerrogativa da União de legislar sobre o tema e mencionam precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF): em Tocantins, a mesma iniciativa foi alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade. A Assembleia Legislativa do Tocantins aprovou uma legislação que também concedia porte de arma de fogo a seguranças por meio do reconhecimento do risco da atividade. O STF derrubou-a em março.

A iniciativa vai na contramão de outras medidas adotadas pelo governo de Mello, que é um aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, a sua gestão encampou uma lista de livros que deveriam ser retirados de escolas públicas do Estado. A ordem para que os livros sejam "armazenados em local não acessível à comunidade escolar" inclui best-sellers, obras futuristas e que tratam de amor e sexo.

O governo de Santa Catarina negou que estivesse praticando censura e afirmou que as obras foram apenas removidas dos anos iniciais para serem redirecionadas a turmas de ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 4 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Saúde Há 22 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

mundo Cazaquistão Há 4 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

mundo Avião Há 4 Horas

Corpo é encontrado no trem de pouso de avião no Havai

fama Festas Há 5 Horas

Filho de Leonardo, João Guilherme dispensa Natal do pai e passa com Xuxa

fama Natal Há 23 Horas

Ludmilla e Brunna distribuem cestas básicas em Duque de Caxias

fama Bebê Há 6 Horas

Neymar será pai pela quarta vez e terá segunda filha com Bruna Biancardi

tech Brasil Há 14 Horas

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads

fama Celebridades Há 13 Horas

Por que esses famosos não comemoram o Natal?

fama Trabalhos Há 21 Horas

Antes da fama: Profissões surpreendentes dos famosos!