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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O último suspeito de participação no estupro de uma menina de 15 anos em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, foi preso. Com isso, a polícia encerrou o inquérito. O caso foi descoberto após imagens do crime circularem nas redes sociais.
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O homem, de 20 anos, foi detido nesta quinta-feira (23) por policiais da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Nova Iguaçu (RJ).
Ele foi apontado como autor do crime e estava sendo monitorado desde 7 de outubro. O homem tingiu os cabelos para evitar ser reconhecido pelos policiais.
Em depoimento à polícia, ele alegou que não teve a intenção de estuprar a vítima, que estava desacordada. Segundo ele, a intenção era "brincar".
Quatro pessoas, dois adultos e dois menores de idade, já haviam sido detidos, incluindo o outro autor do estupro e a dona da casa onde o crime aconteceu. A mulher e os menores de idade armazenavam imagens do estupro em seus aparelhos de telefone celular.
VÍTIMA SOUBE DO CRIME PELAS REDES
O crime teria ocorrido na madrugada de quinta para sexta-feira (3), na casa de uma amiga da jovem. Segundo a vítima, em relato ao RJTV (TV Globo), ela dormia no local e foi acordada por algumas pessoas que chegaram na residência, que insistiram para que ela consumisse bebida alcoólica. A adolescente ainda diz que teria recusado a ficar com um dos rapazes.
A jovem acredita que alguma droga foi colocada na bebida dela, já que não se recorda de mais nada. Ela diz que só soube do abuso após o compartilhamento dos vídeos. Os homens que a teriam estuprado têm 20 e 21 anos, de acordo com a vítima.
O estupro da adolescente foi gravado por pessoas que estavam na residência e teria sido divulgado nas redes sociais pelos rapazes apontados como envolvidos no crime.
As imagens, segundo apurou a reportagem, mostram a jovem desacordada em cima de uma cama enquanto é violentada. Os registros, compartilhados sem consentimento da vítima, também mostram a adolescente recebendo tapas no rosto e outras pessoas, além dos dois homens, vendo os abusos contra a jovem.
COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.
O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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