'Panama Papers' revelam novo esquema no futebol sul-americano

O pagamento de propina era feito por meio de acordo com dirigentes da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol)

© Divulgação

Esporte Copa Libertadores 10/04/16 POR Notícias Ao Minuto

Em uma nova revelação do 'Panama Papers', documentos do escritório de advocacia Mossack Fonseca mostram uma rede de pelo menos 15 empresas, a maioria em paraísos fiscais, com ligação no controle dos direitos televisivos de jogos da Copa Libertadores: o maior torneio de clubes do futebol sul-americano.

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O FBI, a polícia federal norte-americana, investiga o envolvimento dessas empresas em contratos e comprovantes de pagamentos que mostram que parte do dinheiro ganho com a competição era enviado para essas offshores.

Segundo informações do Estadão, o pagamento de propina era feito por meio de acordo com dirigentes da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol).

De acordo com os arquivos, há pelo menos cinco destinos de paraísos fiscais que não eram até o momento conhecidas pelas investigações ou não tiveram seus nomes divulgados antes da publicação da série Panama Papers.

As investigações revelam que entre os offshores que integravam uma malha de empresas com poder sobre os direitos de transmissão da Libertadores estariam as Ilhas Cayman, Ilhas Virgens Britânicas, Turks & Caicos e Chipre.

No centro do esquema estava a empresa T&T Sports Marketing Ltd, com sede nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal no caribe. Essa offshore detinha os direitos de transmissão da Libertadores por meio de contrato com a Conmebol. Pelo acordo, pagaria entre US$ 22 milhões e US$ 27,8 milhões anualmente pelos direitos entre 2008 e 2018.

Para o FBI, o pagamento de propinas era gerenciado pelo argentino naturalizado brasileiro José Margulies, que levou à prisão de dirigentes da Conmebol, como o ex-presidente da entidade Nicolas Leoz.

De acordo com a publicação, executivos envolvidos, como o brasileiro José Hawilla, dono da Traffic, confessaram os crimes e indicaram dirigentes e ex-dirigentes da CBF como Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin entre alguns dos beneficiários dos subornos.

A série Panama Papers, que começou a ser publicada no dia 3 de abril, é uma iniciativa do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos e com sede em Washington, nos EUA.

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