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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma paciente do Rio de Janeiro foi diagnosticada com dengue tipo 4, que não circulava na cidade desde 2018. As Secretarias de Saúde Estadual e Municipal confirmaram o caso nesta quinta-feira (7).
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A linhagem é considerada um pouco menos agressiva do que a do tipo 3, que ainda não foi registrada no estado. No entanto, a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, alertou para uma possível epidemia.
"Como ele volta a circular em nosso território após cinco anos, os que nasceram após o ano de 2018 não tiveram contato com o vírus e não desenvolveram imunidade contra ele, o que aumenta o risco de termos uma epidemia", disse a secretária.
A paciente é uma mulher de 45 anos, que apresentou os primeiros sintomas no dia 26 de novembro. Ela segue os cuidados e tratamento em casa.
As amostras positivas foram confirmadas pelo Lacen-RJ (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels) após três protocolos de análise diferentes até a confirmação do diagnóstico.
"Assim como os sintomas, o manejo clínico da dengue tipo 4 é o mesmo dos tipos 1, 2 e 3 desde a avaliação às recomendações de tratamento", disse Daniela Vidal, médica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde do estado.
Os principais sintomas são febre alta; dor no corpo e articulações; náuseas e vômitos dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.
Ainda não existe tratamento específico para a doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque pode ser infectado com os quatro diferentes sorotipos do vírus. "Uma vez exposto a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, o indivíduo passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico, ficando ainda suscetível aos demais", informou a Secretaria Estadual de Saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde identificou 6 mil casos de dengue na cidade até o início de dezembro, sendo a maior parte do tipo 1, e uma parcela menor do tipo 2.
Até o dia 26 de outubro, o Brasil já tinha mais casos de dengue em 2023 do que em todo o ano de 2022.
O controle do mosquito é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas, como chikungunya e Zika.
Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas.
Em março de 2023, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a vacina contra a dengue da fabricante japonesa Takeda no Brasil.
Atualmente, só é possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante é ofertado por preços que variam de R$ 300 a R$ 800 a dose -o fabricante recomenda tomar duas.
Nesta quinta, o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre a proposta de incorporação da vacina contra a dengue no SUS (Sistema Único de Saúde).