© PGR pede que STF mantenha foro privilegiado de Flávio Bolsonaro
"O presidente, o então presidente Bolsonaro, quando da indicação do ministro André Mendonça, virou pra mim e falou: 'Flávio, você não quer... O que você acha de você ser o indicado para o Supremo Tribunal Federal?', já que se discutia que a indicação fosse de um evangélico como ele havia prometido na campanha eleitoral. Eu falei: 'presidente, apesar de eu ser advogado, o que eu sou é político, o que eu gosto de fazer é política. Indique o nome do André Mendonça, que é preparado para essa missão e eu vou poder ajudar muito mais aqui no Senado Federal. E eu acredito que com a ajuda do presidente Davi (Alcolumbre) eu acho que eu teria até alguma chance de passar aqui no Senado Federal", afirmou Flávio Bolsonaro.
Alcolumbre, que também comandava a CCJ na época, segurou por meses a marcação da sabatina de André Mendonça, pois era contrário ao seu nome. Nos bastidores, a explicação mais utilizada era que o senador preferia que Augusto Aras, então procurador-geral da República, fosse o escolhido em vez do então ministro da Justiça. Contudo, Alcolumbre acabou cedendo e a sabatina foi marcada para dezembro do ano passado. O ministro foi aprovado no plenário do Senado com 47 votos favoráveis e 32 contrários, na votação mais apertada desde a redemocratização.
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