Justiça argentina decide que ação contra 'decretaço' de Milei é 'coletiva'

Os autores pedem que o "decretaço" seja declarado inconstitucional.

© Getty Images

Mundo ARGENTINA-JUSTIÇA 25/12/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - A Justiça da Argentina decidiu que a ação contra o "decretaço" do presidente Javier Milei será tratada "como uma demanda coletiva". Os autores pedem que o "decretaço" seja declarado inconstitucional.

PUB

Em ação protocolada nos últimos dias, membros da sociedade civil argentina dizem que Milei feriu a Constituição e cometeu abuso de poder ao editar o "decretaço". A autoria é de pessoas relacionadas ao Observatório do Direito à Cidade. O texto foi obtido pelo jornal argentino Clarín.

Hoje, um juiz argentino decidiu que a ação deve ser inscrita no foro de causas coletivas. Na decisão, Esteban Furnari afirmou que sua decisão não trata do mérito da ação.

Ao considerar a ação como "coletiva", se impede que sejam abertas outras ações sobre o mesmo tema, segundo o jornal argentino La Nación. "Se este processo for rechaçado, haverá um cenário de trânsito em julgado para todos", diz o periódico.

Para os autores da ação, o "decretaço" de Milei não está respaldado pela Constituição da Argentina. Chamado de "Decreto de Necessidade e Urgência", está previsto para momentos em que o Congresso Nacional não consegue se reunir, o que não seria o caso segundo, de acordo com os reclamantes.

A análise judicial não tem data para ocorrer. Até o momento, a decisão só inseriu a ação no Registro de Processos Coletivos e pediu o posicionamento do Ministério Público Fiscal sobre o tema.

O que é o "decretaço"?O "decretaço" é um conjunto de medidas tomadas por Milei no início de seu governo para desregulamentar a economia. Prevê, por exemplo, o fim do pagamento de horas extras e de multas trabalhistas.

O megadecreto deve entrar em vigor na próxima semana. Porém, ainda pode ser derrubado pelo Legislativo. O texto foi publicado na quinta-feira (21) no Diário Oficial, após anúncio no dia anterior.

O decreto declara emergência pública "em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, sanitária e social". A vigência prevista é até 31 de dezembro de 2025.

As leis alteradas se referem a temas como controle de preços, aluguéis, indústria, privatizações de estatais e regime trabalhista. Outras áreas atingidas foram mineração, planos de saúde, farmacêuticas, vinícolas, agências de turismo e até clubes de futebol.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica São Paulo Há 16 Horas

Boulos diz que pedirá prisão de Marçal por divulgar suposto laudo

fama Briga? Há 14 Horas

Ana Hickmann não convida Ticiane para noivado; entenda o motivo

politica PABLO-MARÇAL Há 7 Horas

Filha diz que médico citado em laudo falso de Marçal nunca trabalhou em clínica

politica Bahia Há 16 Horas

Petistas arremessam ovos em governador do PT na Bahia durante carreata de campanha

fama Sean 'Diddy' Combs Há 7 Horas

Diddy avisou Justin Bieber para não falar "das coisas que fizeram juntos"

fama Mel Maia Há 7 Horas

Mãe de Mel Maia desabafa sobre ingratidão das filhas: 'Me sinto um lixo'

fama Rodrigo Faro Há 8 Horas

Rodrigo Faro pede orações pela saúde da esposa, Vera Viel

fama UTI Há 15 Horas

Maidê Mahl abre olhos mas não retomou consciência, diz mãe de atriz

politica LULA-GSI Há 16 Horas

Ladrões roubam carro da equipe de segurança de Lula em São Paulo

tech Meta Há 16 Horas

Meta desvendou ferramenta de IA capaz de criar vídeos com som