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O estrabismo é um distúrbio em que os olhos não olham exatamente para a mesma direção ao mesmo tempo. Ele acontece em virtude da perda do paralelismo entre os olhos. A doença atinge crianças e adultos em todo o mundo. O que muitas pessoas não sabem, é que a fisioterapia é uma grande aliada na prevenção, no tratamento e na reabilitação do estrabismo.
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Segundo o fisioterapeuta Giuliano Martins, proprietário do ITC Vertebral Ribeirão Preto e diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna), o estrabismo acontece pela falta de amadurecimento nervoso e muscular. “O distúrbio é uma alteração ocular que, normalmente, acompanha doenças que afetam o cérebro, como, por exemplo, paralisia cerebral, Síndrome de Down, traumas e tumores cranianos, entre outras complicações. Os músculos responsáveis pelos movimentos dos olhos devem trabalhar de forma harmônica, atuando em conjunto num equilíbrio perfeito de forças para não provocar o desvio ocular. Os músculos são controlados pelo cérebro através de impulsos nervosos”, explica.
“O estrabismo faz com que a pessoa veja imagens duplas, sinta alterações funcionais nos olhos, dores de cabeça, tonturas e embaçamento ao realizar esforços visuais. É normal até os três meses de idade que ocorra um grau moderado da doença pois a musculatura da criança ainda não está rígida, mas ela deve ser corrigida naturalmente em pouco tempo”, avalia Martins.
De acordo com o profissional, durante o tratamento da doença a fisioterapia atua com exercícios nos músculos extraoculares (região dos olhos). “As terapias ajudam na correção de desvios e na recuperação da funcionalidade visual. Estão entre as atividades o estímulo da visão com luzes e objetos que são movimentados em todas as direções. Já a prevenção consiste no fortalecimento dos músculos dos olhos, evitando riscos de desorganização do posicionamento dos eixos oculares e consequentemente de desconfortos”, comenta.
“Em adultos o estrabismo pode surgir em virtude de doenças físicas e neurológica ou diabetes. Os acidentes de trânsito também estão fazendo aumentar o número de pessoas que sofrem com o distúrbio em decorrência de traumatismos na cabeça”, alerta Martins.
Para o fisioterapeuta, o estrabismo é uma questão urgente. “Os tratamentos devem ser iniciados o mais rápido possível. Muitos casos podem ser revertidos se diagnosticados no início. Adultos e crianças, assim que sentirem os sintomas da doença devem procurar um profissional da saúde”, finaliza.