© Reuters
Adversários declarados, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passaram os últimos dias montando estratégias para o dia da votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. Cunha afirmou que a votação será no próximo domingo (17) às 14h.
PUB
Diante da possível decisão de deputados contra o impeachment de faltarem à sessão, Cunha já definiu um ritual. A intenção é fazer sucessivas chamadas nominais dos faltosos, com a leitura do nome, partido e Estado do parlamentar, como forma de deixar clara a manobra
De acordo com informações divulgadas pelo portal Pragmatismo Político, Cunha manifestou a aliados que irá começar a chamada nominal dos votantes pela região Sul, deixando os deputados do Nordeste e do Norte, mais simpáticos a Dilma, para o final. O objetivo é criar uma onda pró-impeachment durante a votação e constranger aliados do governo.
A expectativa do presidente da Câmara, dizem aliados, é a de que a essa altura já haja uma maioria consolidada pela abertura do processo de impeachment, principalmente pelos votos das regiões Sul e Sudeste. Presidente da Câmara também pretende colocar telões do lado de fora do Congresso e pode inflar ânimos de manifestantes.
A decisão de Eduardo Cunha de votar o impeachment no domingo tem a ver com o desejo do presidente da Câmara de que o processo seja televisionado, ao vivo, com forte audiência e manifestações nas ruas em todo o Brasil. A Rede Globo e a Record, já anunciaram, inclusive, o cancelamento de suas programações para a transmissão da votação.