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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que 398 detentos que estavam em saída temporária foram presos novamente e reconduzidos aos presídios na última semana em todo o estado.
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Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os quase 400 presos descumpriram medidas previstas pelo benefício. As prisões foram feitas em parceria da polícia com o Poder Judiciário e a Secretaria de Administração Penitenciária.
Para auxiliar os policiais nas reconduções dos presos durante a saída temporária, foram disponibilizados tablets com informação de todas as situações vetadas durante o benefício.
Isso, segundo a SSP, agilizou o trabalho dos policiais, que agora não têm mais que conduzir o detento até a delegacia para verificar se as medidas foram descumpridas.
Os presos que saem da cadeia durante datas comemorativas devem permanecer no endereço informado previamente à penitenciária e não podem frequentar bares e casas noturnas.
O benefício é concedido a presos em regime semiaberto ou que tenham cumprido um sexto da pena, se primário, e um quarto, se reincidente.
Em postagem em uma rede social neste sábado (30), o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, comentou as prisões. "Era para estar na 'ressocialização', segundo os que defendem a saída temporária, mas estava traficando drogas", escreveu ao citar o caso de uma prisão feita no interior do estado.
Segundo o secretário, o detento foi flagrado vendendo drogas em Mogi Guaçu (SP) durante o benefício da saída temporária.Outras três prisões, de acordo com o secretário, foram feitas na região da cracolândia, no centro da capital, onde os presos foram flagrados com drogas.
Na quinta-feira (28), um condenado por tráfico de drogas foi detido enquanto andava de jet ski em uma represa de São Bernardo do Campo (ABC). De acordo com a SSP, o preso era monitorado por tornozeleira eletrônica, que emitiu um alerta de que ele havia saído do endereço informado ao presídio.
Derrite, deputado federal pelo PL e licenciado para atuar como secretário, é relator de um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e prevê o fim da saída temporária. O partido Progressistas encomendou uma pesquisa eleitoral para avaliar a possibilidade de lançá-lo como candidato à Prefeitura de São Paulo em 2024.