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Gleisi criticou as falas de Haddad sobre uma possível sucessão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2030. Ambos falaram em entrevistas ao jornal O Globo.
"Acho extemporânea a discussão sobre a sucessão do presidente Lula. Nós precisamos fazer com que tudo dê certo porque é isso que vai garantir a sucessão, inclusive a reeleição de Lula na próxima eleição", afirmou Gleisi em entrevista.
Haddad havia respondido, quando questionado sobre ele próprio ser um possível sucessor, que não pensava em sê-lo e que não havia discussão sobre se Lula seria ou não candidato em 2026: "(a questão) Está pacificada. Não se discute".
Embora haja consenso dentro do partido e na base aliada para que Lula concorra ao quarto mandato, segundo Haddad, o problema de um sucessor "vai se colocar" na eleição seguinte, alertando que o partido precisa começar a se preparar para a transição.
A presidente do PT também disse que criticar as decisões do ministro da Fazenda é "um dever" e faz parte da tradição do partido. "É um direito do partido e até um dever fazer esses alertas e esse debate, isso não tem nada de oposição ao ministro e nem a ninguém. É da nossa tradição."
Haddad havia dito, sem citar nomes, que o partido celebrava as vitórias da economia ao mesmo tempo que o chamava de "austericida".
"Olha, é curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: 'a inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!' E o Haddad é um austericida. Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver."
Gleisi disse ter preocupação com a diminuição do papel do Estado no desenvolvimento da economia, com a reforma fiscal e a meta de déficit zero, e que as críticas do partido são preocupações nesse sentido. "A nossa resolução é positiva para o governo, o que nós criticamos foi a política monetária do Banco Central".
A parlamentar negou que o PT faça oposição ao ministro e declarou que pretende conversar com ele sobre o assunto econômico. "Não estou em Brasília e não falei com ele. Quando eu voltar, não tem problema nenhum, é conversando que a gente se entende, inclusive falando as coisas."
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