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Uma em cada quatro pessoas em situação de rua no Brasil vive na cidade de São Paulo. São mais de 62 mil pessoas nessa condição, segundo dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos.
No estado de São Paulo, o número ultrapassa 103 mil. O levantamento tem base no Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico, plataforma do governo federal que concentra informações sobre pessoas de baixa renda e em vulnerabilidade.
Entre os principais motivos apontados para a situação de rua estão os problemas familiares, com 44% dos casos; seguido pelo desemprego e o alcoolismo ou uso de drogas. 60% das pessoas cadastradas informaram estar nessas condições há dois anos. Já 12% do total informaram viver nas ruas há mais de dez anos.
Para o presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça, o crescimento se deve à falta de políticas públicas nos últimos anos. Ele cita carência de abrigos, pessoas perdendo empregos e a piora do poder aquisitivo.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Assistência Social da prefeitura informa que a capital paulista possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com cerca de 24 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua. E acrescentou que o Censo publicado em janeiro de 2022 apontou que o número de pessoas vivendo nessas condições na cidade é inferior a 32 mil.
Uma lei municipal de São Paulo, regulamentada em 2023, determina que os editais devem estabelecer no mínimo 2% de vagas de trabalho em serviços e obras públicas a quem estiver inserido em programas da prefeitura para pessoas em situação de rua da prefeitura.
Já a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social informou que investiu no ano passado perto de R$ 40 milhões para o enfrentamento da dependência química, com ênfase ao acolhimento terapêutico da população em situação de rua.
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