Big techs começam o ano com nova onda de demissões

Nesta semana, o Google, empresa da Alphabet, anunciou o corte de centenas de funcionários de diferentes equipes

© iStock

Tech Big Techs 12/01/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Gigantes da tecnologia, conhecidas como big techs, começaram 2024 com uma nova onda de demissões em massa em todo o mundo, assim como ocorreu no início do ano passado.

PUB

Nesta semana, o Google, empresa da Alphabet, anunciou o corte de centenas de funcionários de diferentes equipes, inclusive em sua unidade de assistente de voz e de realidade aumentada.

Ao mesmo tempo, a empresa de buscador também eliminou várias funções na equipe de hardware, responsável pelas marcas Fitbit, Pixel e Nest.

Os cofundadores da empresa de monitoramento de saúde e condicionamento físico Fitbit, James Park e Eric Friedman, também acabaram deixando a companhia. A empresa foi adquirida pelo Google por US$ 2,1 bilhões em 2021.

Centenas de funções na equipe central de engenharia do Google também estão sendo afetadas.

"Durante o segundo semestre de 2023, várias de nossas equipes fizeram mudanças para se tornarem mais eficientes e trabalharem melhor, além de alinharem seus recursos às suas maiores prioridades de produto", disse um porta-voz do Google à agência internacional de notícias Reuters em um comunicado.

"Algumas equipes continuam a fazer esses tipos de mudanças organizacionais, que incluem algumas eliminações de funções em todo o mundo", segue o comunicado.

A Amazon também anunciou nesta semana que demitirá centenas de funcionários nas operações das Américas e de outras regiões do mundo das áreas de streaming e estúdio da Prime Video e da Amazon MGM Studios.

"Identificamos oportunidades para reduzir ou descontinuar investimentos em certas áreas, ao mesmo tempo em que aumentamos nosso investimento e foco em iniciativas de conteúdo e produto que proporcionam maior impacto", disse o vice-presidente sênior da Prime Video e da Amazon MGM Studios, Mike Hopkins, a funcionários em uma nota também obtida pela Reuters.

Assim como nas concorrentes, o Instagram, da Meta, que também é dona do Facebook e do WhatsApp, também teria começado a demitir funcionários, começando por cargos de gerência, segundo o site de notícias americano Business Insider.

Questionada, a assessoria de imprensa da Meta no Brasil disse à Folha que não comentará o assunto. As empresas não informaram o número de funcionários dispensados.

"As big techs passam por inúmeros fatores que impactam os negócios e, consequentemente, as demissões. Algumas dessas companhias ainda sofrem impactos das grandes contratações que fizeram à época da pandemia, quando uma série de premissas não se concretizaram relacionadas ao comportamento dos consumidores e também à própria valorização das empresas na bolsa", diz Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação.

Assim como ocorreu com o varejo, o setor de tecnologia expandiu durante a pandemia, enquanto as pessoas e as empresas buscavam soluções tecnológicas para continuarem produzindo, ainda que com os funcionários trabalhando remotamente, no home office.

Após a abertura das economias, contudo, e o ciclo de alta dos juros por causa de uma pressão inflacionária em vários países do mundo, inclusive nos Estados Unidos, que tiveram a maior alta de preços em 40 anos, companhias do setor de tecnologia foram afetadas negativamente.

As gigantes da tecnologia, então, começaram uma onda de demissões e eliminações de funções entre o fim de 2022 e o começo de 2023 para cortar custos e voltar a crescer. Mas não foi o suficiente e agora se volta a observar cortes em massa nas companhias do setor.

"As big techs ficaram mais enxutas com as demissões, só que ainda está acontecendo uma inflação que não cede", diz Igreja.

Segundo o especialista, o cenário macroeconômico ainda desafiador no mundo gera um processo de adaptação, já que o crescimento menor das economias reduz os anúncios e patrocínios como reflexo de um número menor de assinantes dos aplicativos e das plataformas de streaming.

"Quando imaginávamos que o mercado das big techs acalmaria, vem uma nova onda de demissões reflexo da instabilidade do sistema financeiro, que afeta diretamente as bolsas", diz Igreja.

Além dos resquícios da inflação e da alta de juros, um fator que se tornou central nessas novas demissões nas big techs, segundo Igreja, é a ampla inserção da inteligência artificial nos negócios.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Bolsonaro Há 23 Horas

'Vamos partir pra guerra': golpistas pediam 'orientação' a general próximo de Bolsonaro

politica BOLSONARO-PF Há 15 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

esporte Indefinição Há 16 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

justica São Paulo Há 23 Horas

'Quem vai devolver meu filho?', lamenta pai de universitário morto em abordagem da PM

fama Ellen DeGeneres Há 19 Horas

De saída: Ellen DeGeneres e mulher abandonam os EUA

brasil Brasil Há 17 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

fama ED-MOTTA Há 21 Horas

Ed Motta pede desculpas após demitir integrante de sua equipe em show

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 17 Horas

Rússia ataca Ucrânia com míssil criado para guerra nuclear, diz Kiev

fama Björk Há 20 Horas

Björk faz 59 anos; relembre os looks mais extravagantes da cantora

fama Kylie Jenner Há 19 Horas

Kylie Jenner recria momento bizarro de Kendall a cortar pepino