Em encontro com ministro chinês, Lula reafirma a posição brasileira de "uma só China"

Na ocasião, o petista reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de "uma só China" - uma referência ao princípio do Brasil contra a independência de Taiwan.

© Getty Images

Política China 21/01/24 POR Estadao Conteudo

O Palácio do Planalto destacou neste sábado, 20, o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realizado nesta sexta-feira, 19. Na ocasião, o petista reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de "uma só China" - uma referência ao princípio do Brasil contra a independência de Taiwan.

De acordo com o governo, a viagem do chanceler chinês é preparatória para uma visita de estado do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil. A princípio, Xi Jinping virá ao País em data próxima à da reunião de líderes do G20, no Rio, em novembro.

O encontro entre Lula e o representante chinês ocorreu na Base Aérea de Fortaleza (CE), onde o presidente teve agendas durante o dia. O Planalto citou em nota divulgada nesta tarde que, durante a reunião, Lula e Wang Yi também conversaram sobre os investimentos no Brasil da fabricante de automóveis elétricos chinesa BYD, que está se instalando na Bahia.

"O ministro trouxe os cumprimentos do presidente Xi Jinping e a reunião expressou o desejo mútuo de manutenção e desenvolvimento da forte relação e amizade entre Brasil e China. Na ocasião, Lula reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de 'uma só China'", afirmou o Planalto.

O presidente brasileiro e o chanceler chinês falaram ainda sobre a atual conjuntura internacional e trataram da "crescente parceria entre Brasil e China no setor de energias renováveis", além de discutirem projetos e ações conjuntas na África. "Wang Yi ressaltou que o Brasil é uma prioridade da diplomacia chinesa", concluiu o governo.

Como mostrou ontem o Broadcast, em discurso no Palácio do Itamaraty, Wang Yi sugeriu que os governos do Brasil e da China devem trabalhar em conjunto para aproximar os objetivos "entre a iniciativa Cinturão e Rota e o PAC do Brasil".

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