© Divulgação / TV Globo
ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - A atriz Tata Werneck venceu mais uma batalha no processo movido pela RedeTV! contra a humorista. A 5ª Câmara do Direito Privado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) julgou improcedente o recurso motivo pela emissora de Osasco, e venceu a ação em segunda instância.
PUB
Segundo documento obtido pela reportagem em julgamento realizado nesta terça-feira (23), a Justiça negou agravamento trazido pela RedeTV! por conta de uma nova piada feita contra a TV de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho no Prêmio Multishow 2023, no último mês de novembro, transmitido pela Globo.
Em 2021, na piada que causou o processo, Tata Werneck disse que o seu vestido custava o preço da programação da RedeTV!. Já no ano passado, Tata voltou a fazer piada com o caso, mesmo já processada.
"Há dois anos eu fiz uma piada dizendo que o meu vestido tinha o mesmo valor da grade da RedeTV! e eu fui processada. Eu quero pedir desculpas e dizer que neste ano eu vim com um vestido mais caro do que a grade para a gente não ter esse problema", afirmou.
A RedeTV! alegou que a nova ação de Tata provava o desrespeito dela com a emissora. O advogado Ricardo Brajterman, que defende Werneck, afirmou que era incoerente que a TV que apresentou o Pânico na TV (2003-2012) queira censurar humoristas.
A Justiça concordou com o argumento de Tata e seu advogado, e determinou que a ação é improcedente. A RedeTV! ainda pode recorrer da decisão em esferas maiores, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Procurado, o advogado Ricardo Brajterman comemorou a vitória de sua cliente e explicou que não existe qualquer campanha difamatória contra a emissora por parte de Tata Werneck.
""Estou muito feliz com mais essa vitória. Até hoje não consigo entender porque logo a Rede TV! que sempre ganhou muito dinheiro com as piadas do Pânico e o show de horrores dos testes de fidelidade, recorreu ao judiciário por conta de piadas inofensivas e sem qualquer cunho difamatório. Venceu a liberdade de expressão, a liberdade artística", disse ele.
"Se o próprio dono da emissora divulga que só consegue pagar as contas porque vende espação para programas religiosos, não vais ser uma piada da Tata que afastará investidores e parceiros comerciais", concluiu o advogado.