Inflação cai no mundo e 80% dos países terão índices de preços menores em 2024, aponta FMI

O movimento é atribuído ao reequilíbrio das cadeias produtivas, além do relaxamento do mercado de trabalho e a contenção do crescimento salarial

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Economia Preços 30/01/24 POR Estadao Conteudo

A inflação tem caído em ritmo mais forte que o esperado globalmente e deve seguir em baixa ao longo dos próximos anos, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) na atualização de janeiro do relatório Perspectivas da Economia Mundial, divulgado nesta terça-feira, 30. O movimento é atribuído ao reequilíbrio das cadeias produtivas, além do relaxamento do mercado de trabalho e a contenção do crescimento salarial.

Cerca de 80% dos países do mundo devem ter leituras inflacionárias mais baixas em 2024 do que em 2023, de acordo com o FMI. O Fundo prevê que a inflação no planeta cairá da taxa anual de 6,8% no passado para 5,8% no atual, sem alteração em relação à estimativa anterior, de outubro. Para 2025, a instituição revisou para baixo a expectativa para o índice de preços mundial, de 4,6% para 4,4%.

A entidade acredita que o processo de desinflação será mais rápido em economias desenvolvidas, onde a inflação anual deve passar de 4,6% em 2023 para 2,6% em 2024 - 0,4 ponto porcentual a menos do que se previa antes. Já em 2025, a expectativa para a taxa inflacionária nesses mercados é de 2,0%.

No mundo emergente, o FMI projeta que a inflação ficará em 8,1% este ano, um aumento de 0,3 ponto porcentual na comparação com o número calculado em outubro. Por outro lado, para 2025, a projeção caiu de 6,2% para 6,0%. "Os fatores impulsionadores da descida da inflação diferem em cada país, mas geralmente refletem uma inflação subjacente mais baixa como resultado de políticas monetárias ainda restritivas, um afrouxamento do mercado de trabalho, e efeitos de repercussão de quedas anteriores e em curso nos preços relativos da energia", afirma.

Entre os países cujos bancos centrais adotam meta de inflação, os índices de preços estarão 0,6 ponto porcentual acima da média no quarto trimestre de 2024, bem menos que a distância de 1,7 porcentual auferida no final de 2023, de acordo com o documento.

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