Ao deixar MJ, Dino defende câmeras em fardas e reforma em lei penal

Dino deixa o cargo nesta quarta (31) para assumir, em solenidade marcada para 22 de fevereiro, uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF)

© Getty Images

Política Justiça 31/01/24 POR Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu nesta quarta-feira (31) a utilização de câmeras corporais nos uniformes de todos os policiais militares do país e também uma mudança na Lei de Execuções Penais, de modo a reduzir ampliar penas alternativas e reduzir o número de prisões.

Dino deixa o cargo nesta quarta (31) para assumir, em solenidade marcada para 22 de fevereiro, uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), após ter seu nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovado pelo Senado. Antes, ele reassume, por poucas semanas, seu mandato como senador, para o qual foi eleito em 2022.

“As câmeras protegem os bons policiais, ajudam a produzir boas provas para julgamento dos juízes e trazem muitos dados positivos”, defendeu Dino, que mencionou a experiência com o equipamento no estado de São Paulo como positiva.

Ele disse ter deixado uma proposta pronta sobre o assunto, já examinada pela consultoria jurídica da Casa Civil. Um dos pontos da minuta de ato normativo sobre o assunto trata as câmeras corporais como “equipamento de segurança individual” do policial, o que a torna de uso obrigatório, adiantou Dino.

As declarações foram dadas em evento realizado no Palácio do Planalto que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Defesa, José Múcio, e do futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), que deve assumir a Justiça na quinta-feira (1º).

“O ministro Lewandowski vai encontrar uma portaria tratando do assunto [câmeras corporais] em cima da mesa”, disse Dino.

No evento, Dino fez uma prestação de contas sobre a atuação da Justiça no combate à criminalidade. Entre os dados apresentados, estava o aumento no número de prisões feitas pelas polícias dos estados, que subiu de 19.686 em 2022 para 29.281 no ano passado, segundo dados do MJSP.

O ministro, contudo, avaliou que o dado não seria motivo de comemoração, diante das cadeias superlotadas. “Precisamos estimular as alternativas penais. Precisamos entender que punição não é sinônimo de prender,” disse ele.

Dino defendeu penas alternativas para crimes não violentos, como delitos de trânsito e furtos, por exemplo. Ele destacou o custo mensal para o Estado de manter uma pessoa no sistema prisional, que chegaria a R$ 4 mil. O ministro frisou ainda que a Lei de Execuções Penais atual foi elaborada há quatro décadas, precisando, em sua visão, de atualização.

“Em nível legislativo e nível jurisprudencial nós temos que entender que as chamadas medidas de alternativas penais não significam leniência, não significam fraqueza, significam eficiência”, opinou Dino. “Se der tempo, vou apresentar um projeto de lei no Senado sobre o assunto”, acrescentou, referindo-se aos 21 dias em que reassumirá seu mandato parlamentar.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Brooke Shields Há 13 Horas

Brooke Shields revela ter sido vítima de cirurgia vaginal irreversível

fama Los Angeles Há 12 Horas

Incêndio destrói mansão de Paris Hilton avaliada em R$ 51 milhões

brasil AVIÃO-SP Há 7 Horas

Avião de pequeno porte cai em Ubatuba, no litoral de São Paulo

mundo Reino Unido Há 12 Horas

Mulher morre em banheiro de restaurante e só é encontrada dias depois

fama CAROLINA-DIECKMANN Há 10 Horas

Carolina Dieckmann se manifesta sobre comentário criticado em post de Fernanda Torres

mundo Inglaterra Há 3 Horas

Carcereira presa por fazer sexo com detento diz estar 'apaixonada' por ele

economia INSS-BENEFÍCIOS Há 9 Horas

Saiba quem pode pedir revisão do benefício do INSS em 2025

economia Bancos Há 13 Horas

Receita Federal não vai cobrar imposto por Pix acima de R$ 5.000 mensais

brasil Porto dos Gaúchos Há 12 Horas

Sucuri grávida morre atropelada e filhotes são expelidos em rodovia em MT

tech Rede Social Há 14 Horas

Entidades lançam manifesto contra alteração de controle da Meta