© Divulgação / saopaulofc.net
A partida, praticamente em sua totalidade, mostrou rivais pecando pelo excesso de força e falta de criatividade. O Palmeiras esteve mais perto do gol ao longo do duelo, mas o São Paulo conseguiu equilibrar a partida com posse de bola. Uma Supercopa muito diferente das anteriores, que foram recheadas de gols. Dessa vez, as equipes decidiram não se arriscar e arrastaram o placar sem gols do primeiro ao último minuto.
Típico das decisões em jogo único, o clássico começou mais estudado. O São Paulo, com a bola, optou espelhar o esquema comumente usado pelo Palmeiras, na saída com três jogadores (Rafinha, Arboleda e Diego Costa) e outros três atletas no ataque. A grande diferença foi no posicionamento ofensivo. No time tricolor, Calleri ficou mais isolado, com Luciano e Nikão dando suporte. No Palmeiras, Veiga ocupou a base desse triângulo, com Rony e López comandando o ataque.
No primeiro tempo, os dois rivais tiveram motivos para lamentar a ausência de seus dois principais atletas. Endrick, do Palmeiras, está cedido à seleção que disputa o Pré-Olímpico na Venezuela. Lucas Moura, do São Paulo, não se recuperou de dores na coxa esquerda.
A lentidão da partida não amenizou a temperatura do clássico. O Palmeiras teve chances de abrir o placar nos movimentos iniciais, mas Rafael cumpriu sua missão. Já o São Paulo apresentou dificuldades para trabalhar as jogadas com passes e privilegiou os lançamentos. As faltas foram mais comuns do que as finalizações, com distribuição de cartões pelo árbitro, especialmente para o elenco alviverde.
Weverton e Rafael viraram protagonistas do jogo. Palmeiras e São Paulo alternaram bons momentos na partida. Luciano, Nikão, Alisson, Rony, Veiga e Mayke estiveram perto de balançar as redes, mas goleiros e defensores apareceram na hora certa para impedir que a torcida comemorasse. Preocupados, os rivais não apresentaram seu melhor futebol na etapa inaugural e, por isso, o placar não saiu do zero.
No retorno do intervalo, o panorama se manteve. Nenhum dos times foi dono do jogo. O duelo ficou menos faltoso, com as equipes também distantes das metas. Nem mesmo as primeiras trocas feitas pelos treinadores surtiram o efeito desejado. São Paulo e Palmeiras pareciam viver um bloqueio criativo.
A partida foi se encaminhando para reta final como uma decisão insossa. Weverton tentou dar emoção ao errar um lance simples e precisar se redimir com boa defesa. Os dois treinadores decidiram desbloquear o meio-campo. Carpini optou pela velocidade, Abel, pela inventividade. Os últimos minutos, com o placar zerado, fizeram a tensão subir novamente e os times tentaram se arriscar. Mas não passou disso, e o tempo regulamentar terminou sem gols. Nos pênaltis, Rafael pegou as cobranças de Murilo e Piquerez e decretou o São Paulo como supercampeão.
O São Paulo volta a atuar na próxima quarta-feira, às 21h35. O time tricolor pega o Água Santa, no MorumBis. Já o Palmeiras joga na quinta, às 21h, com o Ituano, na Arena Barueri, devido ao péssimo estado do gramado do Allianz Parque.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 (2) x (4) 0 SÃO PAULO
PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez e Murilo; Mayke (Gabriel Menino), Richard Ríos (Aníbal Moreno), Zé Rafael (Luís Guilherme) e Piquerez; Raphael Veiga, Rony e Flaco López (Jhon Jhon). Técnico: Abel Ferreira.
SÃO PAULO - Rafael; Rafinha (Moreira), Arboleda, Diego Costa e Welington (Erick); Pablo Maia, Alisson, Wellington Rato (Ferreirinha) e Nikão (Michel Araújo); Luciano (Galoppo) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
ÁRBITRO - Bráulio da Silva Machado (SC).
CARTÕES AMARELOS - Zé Rafael, Flaco López, Luís Guilherme, Marcos Rocha, Raphael Veiga, Abel Ferreira e Vitor Castanheira (Palmeiras); Welington, Pablo Maia, Luciano e Thiago Carpini (São Paulo).
PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.
LOCAL - Mineirão, em Belo Horizonte.
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