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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O gigante americano Meta, dono do Facebook e do Instagram, afirmou nesta quinta-feira (8) ter banido as contas do aiatolá Ali Khamenei dessas duas redes sociais sob a justificativa de que o líder supremo do Irã teria violado as políticas de conteúdo.
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"Removemos essas contas por violarem repetidamente nossa política sobre organizações e indivíduos perigosos", afirmou um porta-voz da empresa à agência de notícias AFP. Khamenei vinha se manifestando após os ataques do Hamas ao sul de Israel no dia 7 de outubro.
"Vocês trouxeram esta calamidade sobre si mesmos", afirmou ele nas redes após os atentados. "Sionistas ditatoriais, vocês não podem se recuperar da derrota de 7 de outubro", escreveu também, três dias depois das mortes.
Na época, ele afirmou ainda que Israel estava cometendo um genocídio de palestinos na Faixa de Gaza e voltou a insinuar que seus aliados, como o Hamas, deveriam agir contra Tel Aviv.
"Ninguém pode confrontar os muçulmanos e as forças de resistência se os crimes contra os palestinos do regime sionista continuarem", afirmou o líder a estudantes em Teerã na época. "O bombardeio de Gaza deve parar imediatamente. Nós devemos responder, devemos reagir ao que está acontecendo."
O funcionário da Meta não mencionou a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, mas a empresa vinha enfrentando cobranças sobre as declarações do líder do Irã.
A regra na qual a suspensão se baseou afirma que, "em um esforço para prevenir e interromper danos no mundo real", não é permitida a presença nas plataformas de "organizações ou indivíduos que proclamam uma missão violenta ou estejam envolvidos em violência".