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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pode ter naufragado nos Estados Unidos o objetivo do presidente Joe Biden de enviar um pacote de ajuda adicional para a Ucrânia, em guerra contra a Rússia, e Israel, em guerra contra o Hamas, no valor de US$ 95 bilhões (R$ 470 bilhões).
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Ainda que o projeto avançasse no Senado em meio a rachas no Partido Republicano, o presidente da Câmara dos Representantes, o também republicano Mike Johnson, afirmou na noite desta segunda (12) que a Casa rejeitará o conteúdo. Republicanos são maioria.
Na nota, ele argumenta que a negativa à proposta se dá porque o Legislativo foi incapaz de costurar soluções suficientes para a fronteira sul do país, com o México, um dos principais pontos de tensão hoje.
Diante da migração recorde na região, guiada especialmente por pessoas de países da América Central, republicanos colocaram a agenda migratória como moeda de troca e forçaram democratas a negociarem na área para fazer avançar o pacote de ajuda externa.
O presidente Joe Biden, que busca a aprovação da ajuda à Ucrânia há meses, afirmou na sexta-feira (9) que o Congresso seria culpado de "negligência" se não aprovasse a medida.
A legislação inclui US$ 61 bilhões para a Ucrânia, US$ 14 bilhões para Israel em sua guerra contra o Hamas e US$ 4,83 bilhões para apoiar parceiros como Taiwan a deterem a China, com quem Washington trava uma espécie de Guerra Fria 2.0. Também forneceria US$ 9,15 bilhões em assistência humanitária a civis da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, da Ucrânia e de outras zonas de conflito.
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