'Prévia do PIB', indicador do banco Central tem alta de 2,45% em 2023

De acordo com o BC, houve uma expansão de 0,82% da economia em dezembro, na série livre de efeitos sazonais

© Shutterstock

Economia PIB 20/02/24 POR Estadao Conteudo

A economia brasileira avançou 2,45% em 2023, de acordo com o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), conhecido como "prévia do Produto Interno Bruto (PIB)". De acordo com o BC, houve uma expansão de 0,82% da economia em dezembro, na série livre de efeitos sazonais. O IBC-Br serve como um parâmetro antecedente para avaliar o ritmo da economia ao longo dos meses.

PUB

A expansão anual de 2,45% do indicador ficou acima da mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), de avanço de 2,3% - o intervalo varia de alta de 2,2% a 3%. A projeção atual do Banco Central para a economia em 2023 é de crescimento de 3%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro. A equipe econômica do Ministério da Fazenda também projeta expansão de 3% para o PIB no ano passado.

Com o dado de dezembro, no último trimestre do ano passado, o indicador do BC avançou 0,22% ante o terceiro trimestre, e 1,8% na comparação anual, já com ajuste sazonal.

"A atividade econômica brasileira ganhou tração nos últimos meses (de 2023), impulsionada principalmente pelo consumo das famílias", disse o economista da XP Rodolfo Margato. "A nosso ver, a solidez do mercado de trabalho e a melhoria gradual das condições de crédito continuarão a sustentar a demanda interna neste ano."

Revisão para cima

Na publicação desta segunda-feira, 19, o BC revisou os últimos dados do IBC-Br na margem: para novembro, o indicador passou de +0,01% para +0,09%; o resultado de outubro subiu de -0,18% para +0,05%, enquanto o de setembro passou de -0,03% para +0,03%.

O crescimento de 0,82% do indicador em dezembro ante novembro, ligeiramente acima da expectativa do mercado, associado a essa revisão na série histórica, melhorou a expectativa para 2024, significando um impulso favorável à expansão do PIB no ano, avalia o economista Hélcio Takeda, da Pezco. Segundo ele, isso traz um viés de alta à sua projeção de crescimento da economia para este ano, de 2%.

"Dá impressão de que estamos caminhando para a recuperação da atividade econômica, embora não vejamos um crescimento que supere o de 2023", disse o economista, salientando que os dados divulgados ontem divergiram do cenário da Pezco para o quarto trimestre do ano passado.

A instituição via uma queda de 0,15% e o resultado foi de crescimento de 0,22%. Com isso, o economista ajustou a projeção para o PIB do quarto trimestre de 2023, de alta de 0,20% para 0,30%. Para 2023, a projeção segue de crescimento de 3,2% para o PIB.

Estabilidade

Para o economista-chefe do banco BMG, Flavio Serrano, o crescimento de 0,82% do IBC-Br em dezembro e as revisões para cima nos meses anteriores não mudam o fato de que a economia brasileira ficou praticamente estável ao longo do segundo semestre de 2023.

"Em função desse crescimento na margem em dezembro, havia uma melhor expectativa para o primeiro trimestre de 2024, mas os dados de atividade de janeiro até aqui parecem indicar que essa alta de dezembro vai ser devolvida em seguida", disse Serrano.

A projeção do BMG, por ora, é de crescimento de 0,2% para o PIB do primeiro trimestre de 2024. No cenário do banco, uma recuperação mais consistente da atividade doméstica deverá acontecer somente a partir da passagem do segundo para o terceiro trimestre, à medida que houver melhora nas condições financeiras e de crédito.

'Distantes do normal'

Economista-chefe para América Latina da consultoria britânica Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia diz que o IBC-Br de dezembro indica um desempenho ainda positivo da economia no quarto trimestre, o que abre caminho para que a atividade melhore ao longo da primeira metade deste ano, amparada pela inflação baixa, pelo mercado de trabalho relativamente resiliente e por melhores condições para as principais exportações do Brasil.

Apesar disso, ele destaca que os dados disponíveis de indicadores deste início de ano apontam para um desempenho mais fraco da atividade no curtíssimo prazo. "As condições estão distantes do normal e uma normalização adicional da política monetária será necessária", afirmou Abadia.

Leia Também: Argentina atinge 57% de pobres, maior número em 20 anos

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Campinas Há 19 Horas

Influenciador Diego Friggi morre aos 33 anos esperando por vaga na UTI

mundo Paraguai Há 18 Horas

Homem salta de ponte com as três filhas no Paraguai para se vingar da ex

fama Game of Thrones Há 18 Horas

Ator de 'Game of Thrones' revela fotos da filha que morreu e impressiona

mundo Reino Unido Há 19 Horas

Grávida dirige ambulância para salvar marido após motorista se perder

mundo Casamento Há 10 Horas

Casal prepara casamento dos seus sonhos... mas convidados não aparecem

fama BRUNA-MARQUEZINE Há 14 Horas

Bruna Marquezine usa look de R$ 70 mil no lançamento de série e divide opiniões

esporte Espanha Há 16 Horas

Bactéria obriga promessa do Real Madrid a acabar carreira aos 19 anos

esporte Marco Angulo Há 19 Horas

Promessa do futebol equatoriano, Marco Angulo morre aos 22 após acidente

mundo Argentina Há 13 Horas

Cristina Kirchner é condenada a seis anos de prisão por fraude ao Estado

esporte EUA Há 18 Horas

Ex-NBA surge irreconhecível nas redes sociais: "Temo pela minha vida"