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Levantados pela Abrasorvete, associação que representa fabricantes, fornecedores, distribuidores e varejistas de sorvete, os números refletem, de um lado, as altas temperaturas, uma vez que 2023 foi, conforme as estatísticas climáticas registradas desde 1961 pelo Instituto Nacional de Meteorologia, o ano mais quente da série histórica no Brasil. De outro, as empresas lançaram novos produtos e sabores, chegando assim a mais consumidores.
"Tivemos muitos investimentos em novas linhas de produtos e o clima foi bastante favorável em algumas regiões, com frentes de calor que ampliaram consideravelmente as vendas", comenta o presidente da Abrasorvete, Martin Eckhardt.
Embora os dois maiores fabricantes do produto - Froneri, que produz os sorvetes da marca Nestlé, e a Unilever, dos sorvetes Kibon - não sejam associados, os números da Abrasorvete referem-se à toda a indústria. Não entram na conta as vendas de açaí e os sorvetes de massa servidos em casquinhas nas sorveterias, que elevariam o consumo total para 600 milhões de litros por ano.
O faturamento dessa indústria, que hoje chega a R$ 16,5 bilhões em um ano, caminha para alcançar R$ 20 bilhões até 2028 - ou seja, um crescimento de 21%. Em dez anos, a meta do setor, fixada na campanha 50 em 10, é ampliar em 50% o consumo de sorvetes no Brasil.
A indústria vem ampliando as linhas de produtos, com a inclusão de ingredientes como pistaches, avelãs e caramelos salgados, para não só atrair novos consumidores, como melhorar a margem de lucro do negócio.
A diversificação do portfólio, com o lançamento de produtos como bebidas geladas, bolos e outros doces, é outra tendência seguida pela indústria sorveteira para ampliar o faturamento fora do verão, quando o consumo de sorvete é maior.
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