© PABLO PORCIUNCULA/AFP via Getty Images
Após a polémica desta semana, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender, esta sexta-feira (23), que Israel está cometendo um genocídio em território palestino.
PUB
“Eu quero dizer para vocês que não troco a minha dignidade pela falsidade. E quero dizer para vocês que sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado palestino, viver em harmonia com Israel”, afirmou o líder brasileiro num evento da Petrobras, no Rio de Janeiro.
“Quero dizer mais: o que o governo de Israel está a fazer contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças".
Momentos mais tarde, Lula sublinhou mesmo que ninguém devia "interpretar a entrevista" a partir da fala que estourou a polêmica, mas sim lê-la. "Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel", apontou, reiterando: "O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não estão morrendo só soldados, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", completou.
Após ter comparado, no fim de semana, as ações israelitas na Faixa de Gaza ao Holocausto cometido pelos nazistas contra os judeus, Israel considerou Lula da Silva 'persona non grata', tendo a situação desencadeado várias reações a nível mundial.
Leia Também: EUA alertam para desastre ecológico após ataque dos Hutis contra navio