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GABRIEL VAQUERARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - Em junho de 2023, a vida de Regina Volpato estava bem tranquila. Ela apresentava o Mulheres, carro-chefe da TV Gazeta de São Paulo, e viralizava com o quadro Eu Acho, onde respondia a perguntas sobre relacionamento em suas redes sociais. Mas tudo mudou.
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Sem dar nenhum sinal do que estava por vir, a Gazeta decidiu reduzir custos e optou por dispensar Regina. "Eu não esperava ter saído. Aconteceu", diz ela em conversa por telefone com o F5. Mas outra coisa aconteceu também: uma repercussão gigantesca.
O nome de Regina virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Parte do público pedia que a Globo lhe dê uma oportunidade. A apresentadora diz que foi ali que percebeu o carinho que as pessoas sentem por ela.
"Me surpreendi muito com tudo isso. A Gazeta é uma emissora pequena, regional. Ser notícia que eu saí da Gazeta foi uma surpresa. Pensei: 'Mas as pessoas sabiam que eu estava na Gazeta?'. Tudo foi acontecendo muito de repente no segundo semestre. Eu saí da Gazeta sem ter emprego. Eu saí procurando emprego, e essa torcida me tocou muito".
De fato, nos últimos seis meses, tudo só foi acontecendo na vida de Regina. De repente, seu telefone toca. Era Daniela Beyruti, vice-presidente do SBT e filha de Silvio Santos, dono da emissora: "A Daniela me disse: 'Regina, o SBT está com saudade de você". Eu respondi que era recíproco".
A reciprocidade tem motivo. Regina Volpato começou a carreira como jornalista. Passou pela Band e foi uma das primeiras apresentadoras do BandNews, o canal de notícias do grupo na TV por assinatura. Mas foi em 2004 que o SBT mudou sua vida.Após testes que duraram meses, Regina foi contratada para apresentar a primeira fase do Casos de Família, icônica atração popular das tardes da emissora. Ficou entre 2004 e 2009, e saiu devido a uma reformulação. Após deixar a TV de Silvio Santos, Volpato passou por RedeTV! e pela própria TV Gazeta.
Mas a verdade é que muita gente ainda a via como "a Regina Volpato do SBT". Talvez isso explique a saudade que a emissora tinha dela. "Quando um relacionamento começa assim, tem essa abordagem logo no início, a gente sabe que vai dar certo. E esse meu retorno deu certo por isso", diz Regina.
Chega MaisO desafio de Regina Volpato será grande. Ela vai comandar o Chega Mais, nova revista eletrônica feminina do SBT, que terá também Michelle Barros, ex-Globo, e Paulo Mathias, ex-Jovem Pan. Serão 4 horas ao vivo. Diariamente. Das 9h às 13h. A competição será com os longevos Encontro e Mais Você, da Globo; e Hoje em Dia, da Record.
"O que vai ter de diferente? Eu não sei se vai ter algo de diferente. Alias, se você pegar todos os programas do horário, o que tem de diferente? Nada, só mudam os apresentadores. O que vai ter no programa? Tudo. Serão quatro horas diárias. Tudo é pauta para um programa como esse. Tudo é pauta. É claro, com o DNA da emissora, com a linha editorial que decidirem", comenta.Não só por essa confiança que o SBT deposita em seu trabalho, mas Regina sabe que o desafio de apresentar uma atração feminina na TV de Osasco é ainda maior por outros motivos.
"Eu sei o tamanho do desafio. Estou indo fazer um programa audacioso pelo horário. É muito tempo. E em uma emissora que não tem tradição de programa feminino. Estou animada, confiante, feliz, mas muito consciente do desafio que será. Estou preparada para a gente ter que fazer muitos ajustes. Um programa de TV é uma coisa viva. Cada dia é um dia. Tem um dia que a gente sente que deu match. E isso acontece só com o tempo", afirma.
Regina Volpato tem razão. Nos últimos anos, todas as empreitadas voltadas para o público feminino que o SBT tentou não deram certo. A última foi o "Vem Pra Cá" (2021-2022), feminino comandado por Patrícia Abravanel e Gabriel Cartolano, que dançou pela programação, mas não deu resultados de audiência.
Convite da AmazonAlém do SBT, Regina Volpato virou um nome tão pop nos últimos tempos, que a Amazon a convidou para comandar um videocast original. Trata-se do Amor na Influência, que ela apresenta desde janeiro com o ator Gabriel Santana.A atração, às terças-feiras, discute com influenciadores e criadores de conteúdo histórias de amor surpreendentes ligadas a algum tema quente da semana. Para Regina, é mais uma oportunidade de ouvir histórias e conhecer o outro.
"O projeto é todo da Amazon, é algo original deles. Essa dupla extrema, com alguém bem mais novo que eu, foi pensado por eles desde o início. Para mim, tem sido muito bom por que eu não tenho essa questão do julgamento. Não me importo se a pessoa é trans, se ela tem relacionamento aberto ou qualquer outra coisa", diz.
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