Barbeiro de 20 anos é condenado a 11 anos e seis meses de prisão por participar do 8 de Janeiro

O barbeiro é natural de Dirceu Arcoverde, município localizado no sudeste piauiense e com pouco mais de sete mil habitantes, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

© <p>Getty Images</p>

Política 8 de janeiro 03/03/24 POR Estadao Conteudo

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira, 1º, o barbeiro piauiense João Oliveira Antunes Neto a 11 anos e seis meses de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Antunes Neto tem 20 anos, e além de barbeiro, se identifica como um "jovem cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo".

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O barbeiro é natural de Dirceu Arcoverde, município localizado no sudeste piauiense e com pouco mais de sete mil habitantes, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Corte condenou Antunes Neto a três crimes praticados no 8 de Janeiro: abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e associação criminosa armada.

O barbeiro está em liberdade provisória desde o dia 15 de novembro, quando foi solto, com a obrigação de seguir medidas cautelares, pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Nas redes sociais, João se dizia um "barbeiro profissional" e um jovem cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo". O condenado pelos atos golpistas publicava fotos profissionais e não expressava opiniões políticas.

Ao Estadão, o advogado de Antunes Neto, Fábio Diniz Rocha Alves, afirmou que irá recorrer da decisão e que o barbeiro estava "apenas com objetivos de se manifestar pacificamente".

"Solicitei também pedidos de acordos de não persecução penal, tendo em vista outros envolvidos que não participaram dos atos de vandalismo a prédios públicos, e presos em flagrantes no QG foram incluídos nesse acórdão", disse o advogado.

Além de Antunes Neto, o STF condenou outros 14 réus nesta sexta, sendo que o barbeiro piauiense teve a pena mais branda junto a outro réu. Cinco foram condenados a 16 anos e seis meses de prisão e outros seis a 13 anos e seis meses. Foram eles:

Ana Claudia Rodrigues de Assunção - 16 anos e seis meses de prisão

Ivair Tiago de Almeida - 16 anos e seis meses de prisão

Marcos Roberto Barreto - 16 anos e seis meses de prisão

Edson Carlos Campanha - 16 anos e seis meses de prisão

Viviane dos Santos - 13 anos e seis meses de prisão

Viviane Jesus Câmara - 13 anos e seis meses de prisão

Valmirando Rodrigues Pereira - 13 anos e seis meses de prisão

Patrícia dos Santos Salles Pereira - 16 anos e seis meses de prisão

Janailson Alves da Silva - 11 anos e seis meses de prisão

Jucilene Costa do Nascimento - 13 anos e seis meses de prisão

Nilvana Monteiro Furlanetti - 13 anos e seis meses de prisão

Maria Carlos Apelfeller - 13 anos e seis meses de prisão

Simone Aparecida Tosato Dias - 13 anos e seis meses de prisão

Joel Borges Correa - 13 anos e seis meses de prisão

Leia Também: Ex-chefe do Exército depõe como testemunha sobre planos golpistas de Bolsonaro

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