O prefeito de Montes Claros, em Minas Gerais, Ruy Adriano Borges Muniz (PSB) e a secretária de saúde do município, Ana Paula Nascimento, foram presos preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (18). A operação Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde investiga fraudes para favorecer hospitais privados ligados ao prefeito da cidade. Segundo o Estado de S. Paulo, a prisão aconteceu um dia depois de o político ter sido elogiado por sua mulher, a deputada Raquel Muniz (PSB), ao proferir seu voto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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“Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, disse a deputada na votação ocorrida neste domingo (17).
Segundo a PF, somente em outubro de 2015, o grupo de Muniz retirou cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames dos hospitais públicos municipais.
Em contrapartida, o hospital privado gerido pela família da deputada que diz querer “melhorar” o país, teria sido se beneficiado com os procedimentos tirados das instituições de saúde municipais. Ainda de acordo com a Polícia Federal, de julho de 2015 até agora, Ruy Muniz se aproveitou do cargo e utilizou verba pública para promover nos principais veículos de comunicação regionais “uma ampla e intensa campanha difamatória contra os hospitais público e filantrópico ‘concorrentes’, inclusive lançando mão de dados e informações falsas”, destaca a nota da PF.
Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.