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A votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff que aconteceu neste domingo (17) na Câmara dos Deputados reuniu 367 votos a favor do processo e outros 137 deputados se posicionaram contrários. A decisão favorável foi maioria e o processo seguiu para o Senado, onde deverá ser votado pelos senadores no início de maio.
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Nas redes sociais, o senador federal Romário Farias (PSB-RJ) já declarou que será favorável ao impeachment da presidente.
O ex-jogador considerou que o domingo (17) foi um dia histórico e disse que defende o "fim deste governo corrupto". Além disso, Romário diz que "Dilma fez um péssimo governo e não teve responsabilidade de zelar pelo bem público".
Segundo o senador, "um processo de impeachment é dolorido para o País, mas é um mecanismo legal, previsto pela nossa Constituição". Romário disse o impeachment "é como aquele remédio amargo que o médico receitou, não gostamos, mas sabemos que é uma maneira de tentarmos curar a nossa enfermidade. Nosso País sempre esteve “doente de corrupção”, agora vivenciamos uma crise aguda que atinge muitas esferas de poder. Dilma precisa ser afastada do cargo!", afirmou o ex-jogador.
Leia na íntegra o texto publicado por Romário em seu perfil no Facebook:
"Hoje foi um dia histórico para nosso País. A Câmara dos Deputados acabou de aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Agora o julgamento chegará ao Senado e terei a oportunidade de votar SIM, pelo fim deste governo corrupto.
O processo de impeachment foi aberto no fim do ano passado e aponta que houve crime de responsabilidade fiscal, decorrente das pedaladas fiscais.
Além disso, com o avanço da Operação Lava Jato, uma avalanche de escândalos chocou a nação e a governabilidade ficou seriamente prejudicada. Uso o verbo “chocar” porque, por mais que soubéssemos da corrupção disseminada, ainda não tínhamos noção de sua real dimensão. Nem o quanto este mar de lama atingia, mesmo que indiretamente, a atual governante do nosso País.
Dilma fez um péssimo governo e não teve responsabilidade de zelar pelo bem público. O principal operador do Petrolão foi indicação sua. E, diferente do que aconteceu no primeiro escândalo deste mesmo grupo político, esta nação não aceitará novamente a cômoda declaração: “Eu não sabia de nada”.
Um processo de impeachment é dolorido para o País, mas é um mecanismo legal, previsto pela nossa Constituição. É como aquele remédio amargo que o médico receitou, não gostamos, mas sabemos que é uma maneira de tentarmos curar a nossa enfermidade. Nosso País sempre esteve “doente de corrupção”, agora vivenciamos uma crise aguda que atinge muitas esferas de poder. Dilma precisa ser afastada do cargo!
Agora, temos que tirar algo de bom dessa crise. Mas só conseguiremos isso se não encararmos este processo como uma disputa eleitoral.
Por isso, meu desejo mais genuíno é que tenhamos uma eleição em breve. Espero que o TSE conclua a análise do processo que pede a cassação da chapa que elegeu Dilma e Temer em 2014, para que possamos realizar novas eleições antes de 2018.
Descrição da imagem #pracegover: Foto aérea exibe a Esplanada dos Ministérios. No registro, um dia ensolarado com manifestantes de verde e amarelo tomando lado direito da rua e, do lado esquerdo, manifestantes vestidos majoritariamente de vermelho. Sobre a imagem está escrito: "Câmara aprova impeachment. 367 a favor 146 contra"".