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A commodity mantinha a valorização mesmo diante do fortalecimento do dólar, após a inflação acima do esperado no atacado nos Estados Unidos respaldar a narrativa de condução prudente da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 1,93% (US$ 1,54), a US$ 81,26 o barril. O Brent para maio subiu 1,65% (US$ 1,39), a US$ 85,42 o barril. Os dois contratos atingiram nesta quinta máximas em quatro meses, após na véspera já terem subido mais de 2%.
Em relatório publicado nesta quinta-feira, a AIE, prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 1,3 milhão de barris por dia (bpd) em 2024. No documento anterior, a estimativa era de avanço de 1,2 milhão de bpd. A AIE cortou ainda sua previsão para a oferta global total de petróleo este ano, de 103,8 milhões de bpd para 102,9 milhões de bpd, diante da expectativa de produção reduzida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
As preocupações do mercado relativamente ao aperto da oferta, a decisão da Opep+ de prolongar as restrições à produção e as incertezas persistentes no Oriente Médio impulsionam as apostas otimistas dos operadores de contratos de petróleo, de acordo com analistas do banco MUFG.
"Os dados de posicionamento mais recentes mostraram que os especuladores aumentaram a posição líquida comprada em petróleo pela quarta semana consecutiva, para as maiores apostas altistas desde a semana que terminou em 24 de outubro de 2023", afirmam analistas do banco em um relatório.
O MUFG espera que os preços do petróleo subam no segundo semestre do ano, com o Brent atingindo uma média de US$ 88 por barril. "O avanço lento mas constante do petróleo este ano ainda tem um longo caminho a percorrer no curto prazo", dizem os analistas.
No front geopolítico, a Ucrânia disparou pelo menos oito mísseis contra a região fronteiriça russa de Belgorod, matando uma pessoa e ferindo seis, disseram autoridades locais nesta quinta. Na véspera, ataques com drones contra a Rússia, atingindo infraestrutura de energia e refinarias de petróleo, impulsionaram a alta dos contratos de petróleo.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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