Cerveró aponta pagamento de dívidas de campanhas do PT e PMDB

O ex-diretor é réu no processo junto com Bumlai na operação de direcionamento de contrato à Schahin em troca da liquidação do empréstimo tomado pelo PT

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Política Delação premiada 18/04/16 POR Estadao Conteudo

O ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou à Justiça Federal nesta segunda-feira, 18, que foi pressionado pelo ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau a quitar uma dívida de campanha do PMDB, em 2006, de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões, antes de ficar responsável pelo direcionamento de um contrato para o Grupo Schahin para pagar outra dívida de campanhas do PT de R$ 50 milhões.

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"Existe uma pendência de R$ 50 milhões decorrente da campanha na qual vocês tem que liquidar essa pendência e nós podemos então tratar da Schahin como contratada da operação dessa segunda sonda", afirmou Cerveró para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em primeiro grau.

O contrato era para operação do navio-sonda Vitória 10000, pelo valor de US$ 1,6 bilhão que foi dirigido para a Schahin como forma de quitar um empréstimo de R$ 12 milhões tomado no Banco Schahin pelo pecuarista José Carlos Bumlai, em outubro de 2004. Segundo descobriu a Lava Jato, o amigo do ex-presidente Lula confessou ter feito a dívida - nunca quitada legalmente - em nome do PT.

"Foi depois da eleição, foi novembro de 2006. Eu fui pressionado pelo ministro Silas Rondeau, que era do PMDB, um dos líderes do PMDB e que vinha me cobrando uma ajuda... melhor dizendo, vinha pedindo que eu ajudasse a liquidar uma dívida de campanha que o PMDB tinha adquirido que era de 10 milhões a 15 milhões de reais", afirmou Cerveró.

Ele foi ouvido pela primeira vez pelo juiz Sérgio Moro após fechar acordo de delação premiada. O ex-diretor é réu no processo junto com Bumlai na operação de direcionamento de contrato à Schahin em troca da liquidação do empréstimo tomado pelo PT.

Cerveró diz que na ocasião comunicou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, sobre a suposta pressão. "Fui conversar com o presidente Gabrielli: 'eu estou sendo aqui sendo pressionado pelo Silas, está me atazanando aqui, porque o pessoa é persistente, né? E eu não tenho como fazer, o período de arrecadação da eleição já passou'", contou Cerveró.

"O Gabrielli falou o seguinte: 'vou te falar uma proposta. Deixa que eu resolvo o problema do Silas e eu resolvo o problema do PT, porque o PT tem uma dívida de R$ 50 milhões decorrentes da campanha", relatou Cerveró. A dívida seria justamente com o Banco Schahin. Com informações do Estadão Conteúdo.

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