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A presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se encontraram a portas fechadas na tarde de segunda-feira (18) no Palácio do Planalto.
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O colunista da Folha de S. Paulo, Leandro Collon, afirma que, pouco tempo antes do encontro chegara ao Senado um carrinho cheio de documentos sobre o pedido de abertura de processo de impeachment da petista, aprovado na Câmara dos Deputados.
A presidente, que está sob acusação de crime de responsabilidade, encontrou-se de forma privada com o presidente da Casa, que julgará o seu caso de agora em adiante.
Em entrevista coletiva no Senado, pouco antes do encontro com Dilma no Palácio, o colunista garante ter perguntado a Renan se ele considerava normal, transparente, uma reunião privada com a presidente justamente no dia em que a Casa presidida por ele recebeu o processo contra ela.
O senador disse não saber o que seria tratado com Dilma. A solicitação então foi de que ele contasse aos jornalistas o teor do encontro. Renan encerrou a entrevista.
A versão do senador foi a de que somente informou a presidente que cumprirá o rito do processo de impeachment, com isenção e neutralidade. É possível que a conversa entre o presidente do Senado e a presidente da República tenha limitado essa versão oficial do peemedebista.
Renan tem dito a senadores que não quer manchar sua biografia na tramitação do caso. Aparentemente, as coisas não começam bem, já que o presidente do Senado poderia ter exigido, em nome da transparência, que a íntegra do encontro fosse revelada. Não foi o que ele fez.