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O Conselho de Segurança da ONU aprovou, nesta segunda-feira, uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato em Gaza durante o Ramadã.
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Segundo a Reuters, a resolução também demanda a libertação de todos os reféns, bem como garantias de acesso humanitário para atender às suas necessidades médicas e outras necessidades humanitárias, e exige que as partes em conflito cumpram suas obrigações sob o direito internacional "em relação a todas as pessoas que detêm".
O texto recebeu 14 votos a favor e uma abstenção dos Estados Unidos.
Após mais cinco meses de guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas em Gaza, esta é a primeira vez que o Conselho de Segurança consegue aprovar uma resolução referente a um cessar-fogo no enclave, após vários projetos terem sido consecutivamente vetados.
O caso mais recente ocorreu na sexta-feira, quando uma resolução dos Estados Unidos "determinando um cessar-fogo imediato e sustentado" em Gaza foi rejeitada por países como Rússia e China, que se opuseram à linguagem utilizada no texto, especialmente por não "exigir" tal cessação das hostilidades e por vincular o cessar-fogo à libertação dos reféns detidos pelo Hamas.
A resolução agora aprovada "exige um cessar-fogo imediato durante o mês do Ramadã, respeitado por todas as partes, levando a um cessar-fogo duradouro e sustentável".
O Ramadã começou em 10 de março e termina em 9 de abril, o que significa que a exigência de cessar-fogo durará apenas duas semanas.
A resolução foi apresentada pelos 10 Estados-membros eleitos do Conselho de Segurança: Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça.
Desde o início da guerra, o Conselho só conseguiu aprovar duas resoluções, nenhuma delas relacionada a um cessar-fogo, mas sim a questões humanitárias.
No entanto, os resultados são limitados: a ajuda a Gaza ainda é amplamente insuficiente e a fome é iminente no enclave, em um momento em que mais de 32 mil pessoas já morreram.
A guerra de Israel contra o Hamas foi desencadeada após os ataques do movimento islâmico em solo israelense em 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de duzentas.
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