Cerveró recebeu dinheiro em caixas de vinho e sapato

Delator, ex-chefe de gabinete de Delcídio, revelou que Bumlai tentou comprar Cerveró para que ele não fizesse acordo de delação premiada

© DR

Política Delatores 19/04/16 POR Notícias Ao Minuto

Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) revelou aos investigadores da Lava Jato que pagamentos para a tentativa de comprar a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró foram feitos em caixas de vinho, sapato e envelope branco.

PUB

Segundo a Folha de S. Paulo, os repasses foram tratados entre o senador e Maurício Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Diogo confessou que viajou três vezes a São Paulo para pegar os recursos, entre junho e agosto de 2015. O dinheiro foi repassado para o advogado Edson Ribeiro, que atuava na defesa do ex-diretor da Petrobras. Segundo o delator, em uma das três ocasiões, o dinheiro foi entregue pelo próprio Maurício, em um envelope branco.

Diogo contou ainda que um dos encontros ocorreu no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ao entrar no automóvel, o motorista, que seria de Maurício Bumlai, disse que "no banco do carona, e no soalho havia uma sacola com uma caixa de um vinho".

Além disso, Diogo relatou que recebeu uma sacola de uma loja de departamento, "com uma caixa de sapatos fechada com fita adesiva, que havia um buraco na caixa de sapatos, permitindo ao depoente ver, com efetivamente viu, que havia dinheiro em espécie em seu interior".

A publicação destaca que a delação de Diogo reforça a acusação de Delcídio de que Lula atuou para tentar impedir a colaboração de Cerveró. Diogo disse ainda que o senador relatou encontro com Lula, em um hotel em Brasília. No encontro, o ex-presidente relatou preocupação com a fala de Cerveró e os desdobramentos das investigações do esquema de corrupção da Petrobras.

"Em mais de uma ocasião o senador Delcidio do Amaral comentou com o depoente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestava preocupação com a Operação Lava Jato, especificamente com sua incisividade", refere a delação.

"Que em determinada ocasião, ao que se recorda o depoente entre abril e maio de 2015, o senador Delcidio do Amaral comentou com o depoente que participou de uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, [...] no hotel onde este estava hospedado, e que, na ocasião, o ex-presidente manifestou preocupação com a hipótese de Nestor Cerveró vir a fazer acorda de colaboração premiada", explicou.

Segundo Diogo, Delcídio "mantinha relação de amizade próxima com Cerveró".

Ele afirmou que Delcídio justificava que os recursos eram destinado "a prover ajuda financeira a família de Nestor Cerveró, a qual estaria passando necessidades em razão de estar com seus bens bloqueados e de Nestor não estar recebendo salário", afirmou.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 16 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 8 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 17 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 16 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 14 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 14 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 17 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama LUAN-SANTANA Há 17 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento

politica Investigação Há 8 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

fama Documentário Há 8 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly