Nísia já fez 3 trocas na equipe desde reunião em que foi cobrada por Lula por problemas na Saúde

Fazem parte da lista de demitidos Helvécio Magalhães (Secretaria de Atenção Especializada), Alexandre Oliveira Telles (Departamento de Gestão Hospitalar) e Carmem Pankararu (diretora do Departamento de Atenção Primária da Saúde Indígena)

© Getty

Brasil NÍSIA-TRINDADE 28/03/24 POR Folhapress

(FOLHAPRESS) - A ministra Nísia Trindade, da Saúde, realizou ao menos três mudanças em sua equipe desde a reunião ministerial, em 18 de março, na qual ela foi cobrada pelo presidente Lula (PT) por problemas de desempenho na pasta.

PUB

Fazem parte da lista de demitidos Helvécio Magalhães (Secretaria de Atenção Especializada), Alexandre Oliveira Telles (Departamento de Gestão Hospitalar) e Carmem Pankararu (diretora do Departamento de Atenção Primária da Saúde Indígena).

O PT pressiona para que o secretário-executivo, Swedenberger Barbosa, e a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, sejam exonerados de seus cargos.

Apesar disso, membros do próprio governo acreditam que pelo menos neste primeiro momento os dois devem permanecer.

Uma ala do PT em São Paulo defende a indicação do ex-ministro Arthur Chioro para a secretaria-executiva. Atualmente, ele é presidente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

A pasta tem enfrentado diversas crises, incluindo o aumento do número de mortes dos yanomamis, um recorde de casos de dengue e a situação crítica dos hospitais federais do Rio de Janeiro, conforme mostrado pelo programa Fantástico, da TV Globo.

A Folha mostrou também que até medicamentos têm faltado na atual gestão. A escassez de remédios para hanseníase tem impedido o início ou interrompido o tratamento de pacientes.

Ao final da reunião ministerial, Lula chegou a dizer que a ministra deveria melhorar a comunicação sobre os yanomamis. Lembrou também que houve confusão no início da campanha da vacinação contra a dengue, dando a entender que havia imunizantes para toda a população, quando não era o caso.

Além disso, Nísia foi alvo de seguidas cobranças do centrão devido aos critérios para liberação de emendas parlamentares.

Dentre as mudanças, Nísia exonerou Helvécio Magalhães, que liderava uma das principais áreas do ministério, responsável pelo maior volume de repasses de verba do SUS, além dos hospitais federais. Para ocupar seu lugar, a ministra nomeou Adriano Massuda, que já havia sido convidado para assumir a secretaria de Atenção Primária no início da gestão, mas na época recusou o convite.

Nísia também demitiu Alexandre Oliveira Telles do cargo de diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro. Em nota, a Saúde afirmou que a superintendente da pasta no Rio, Maria Aparecida Braga, vai assumir essa função.

Ocorreu ainda a exoneração da diretora do Departamento de Saúde de Atenção Primária da Saúde Indígena, Carmem Pankararu. A Saúde disse, em nota, que a saída estava prevista e a decisão decorre da necessidade de ajustes na equipe da secretaria para superação dos desafios existentes na Saúde Indígena.

Outra pessoa que será exonerada é a coordenadora-geral de Vigilância das Doenças em Eliminação, Sandra Maria Barbosa Durães.

Segundo a secretária Ethel Maciel, a exoneração de Sandra foi feita a pedido. Ela explicou que nem todas as pessoas conseguem fazer a gestão técnica, política e ter ao mesmo tempo uma relação com os movimentos sociais.

"Isso é comum em uma secretaria como a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, que além do componente técnico muito forte, com todos os comitês técnicos assessores para as 112 doenças e agravos que fazemos vigilância, há necessidade de pactuar todas as ações com Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde)", disse.

"Portanto, componente político muito intenso, e a relação com com os movimentos sociais que foram silenciados e afastados das políticas e agora retomam integrados as discussões".

Dias antes da reunião ministerial, a pasta já havia exonerado Nesio Fernandes (então secretário de Atenção Primária). O médico Felipe Proença de Oliveira, que era secretário-adjunto de Fernandes, passou a comandar a estrutura.

Nísia também é um dos alvos prioritários das críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do centrão. O ministério tem sido cobrado para liberar rapidamente a verba de emendas e não travar que recursos cheguem aos redutos políticos de deputados e senadores.

Como mostrou a Folha, o ministério mudou as regras para liberação das emendas em 2024, ano de eleições municipais, e permitiu que estados e municípios recebam mais recursos dos parlamentares.

A ministra tem feito reuniões com lideranças do Congresso para explicar as regras sobre emendas e tentar evitar novas crises com o Legislativo.

Leia Também: Lula diz que falou sobre igualdade no encontro com parlamentares no Alvorada

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Investigação Há 14 Horas

Laudo aponta que míssil da Rússia derrubou avião no Cazaquistão

fama Luto Há 18 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Bebê Há 20 Horas

Neymar será pai pela quarta vez e terá segunda filha com Bruna Biancardi

fama Festas Há 19 Horas

Filho de Leonardo, João Guilherme dispensa Natal do pai e passa com Xuxa

fama Emergência Médica Há 12 Horas

Internado na UTI, saiba quem é Toguro, influencer indiciado por homicídio

mundo Cazaquistão Há 18 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

mundo Avião Há 18 Horas

Corpo é encontrado no trem de pouso de avião no Havai

lifestyle Saúde Há 18 Horas

Nariz entupido? Saiba como resolver este incômodo

fama Tragédia Há 11 Horas

Ator de 'Baby Driver', Hudson Meek, morre aos 16 anos

fama LUTO Há 13 Horas

Famosos lamentam morte de Ney Latorraca