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Veja abaixo algumas das possíveis origens do Dia da Mentira:
Mudança de calendário na França
Na França, uma reforma do calendário em 1564, sob o reinado de Carlos IX, mudou o início do ano da Páscoa para o dia 1º de janeiro. Parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o dia como início do ano. Aqueles que não acompanharam a mudança, continuaram no antigo sistema de calendário celebrando o Ano Novo durante a semana que caía entre 25 de março e 1º de abril. Os resistentes ao novo calendário eram convidados para comemorações inexistentes no dia, o que pode indicar um possível nascimento da tradição da data.
As brincadeiras envolviam colar peixes de papel nas costas daqueles que recusavam o novo calendário. As "vítimas" eram chamadas de "Poisson d'Avril", ou Peixe de Abril em português, que é até hoje o termo usado para aqueles que caem em pegadinhas do Dia da Mentira.
Mais tarde, o Calendário Gregoriano substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento, conselho ecumênico da Igreja Católica, em 1582. Usado até hoje, o calendário divide o ano em quatro estações distribuídas ao longo de 12 meses e 365 dias, de acordo com o movimento da Terra em relação ao Sol. O primeiro dia do ano ficou estabelecido em 1º de janeiro.
A reforma gregoriana incluía ainda criar um sistema de ano bissexto e eliminar dez dias do mês de outubro de 1582 para corrigir o desvio do calendário. O papa pediu que nações cristãs aplicassem a mudança. A França imediatamente aceitou a reforma, ainda já tivesse mudado o início do ano em 1564, segundo o Museu das Mentiras (The Museum of Hoaxes).
Roma Antiga
A data pode ter origem na Roma Antiga, anterior ao nascimento de Jesus Cristo, em um festival conhecido como "Hilaria", um dia em que se celebrava o equinócio de março e o início da primavera na região.
A festa "Hilaria" era um dia de jogos e pessoas mascaradas passam o tempo zombando uma das outras, segundo reportagem do Washington Post.
Festival dos Tolos
Na Idade Média, a Igreja Católica promovia o "Festival dos Tolos", celebrado por volta de 1º de janeiro na França e na Inglaterra. De acordo com o folclorista Jack Santino, segundo reportagem do Washington Post, os funcionários da igreja incentivavam a celebração carnavalesca, que envolvia inverter papéis sociais, se fantasiar e levar burros para a igreja.
Eles acreditavam que isso ajudava a "liberar o sentimento anticlerical reprimido entre o povo", segundo Santino. No século XV, a festa havia se tornado muito barulhenta e foi proibida. No entanto, o Festival dos Tolos levou vários séculos para realmente acabar. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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