© Aneel aprova leilão de energia A-1; preço inicial será de R$ 160,00 por MWh
O motivo indicado são as ocorrências sucessivas de apagões na área de concessão da distribuidora registradas desde novembro passado e que deixaram milhares de consumidores sem energia, por vezes por mais de 24 horas.
Ao anunciar a medida, o ministro disse que "a Enel demonstra de forma reiterada que está despreparada para prestar o serviço à altura do que a população brasileira exige".
Na nota, a Enel afirma que está implementando um plano estruturado que inclui investimentos no fortalecimento e na modernização da estrutura da rede, na digitalização do sistema e na ampliação dos canais de comunicação com os clientes, além da mobilização antecipada de equipes em campo em caso de contingências.
Também diz que o plano contempla também o aumento significativo do quadro de pessoal próprio.
As falhas nos canais de comunicação da empresa, o déficit de equipes de campos e a terceirização de funcionários estão entre as principais críticas à Enel SP por parte da população e autoridades das esferas municipais, estaduais e federal.
Multa
A Enel também informou que já pagou parte das multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e disse que outras encontram-se "em fase de recurso, seguindo trâmites normais do setor".
Na manhã desta segunda-feira, Silveira disse que já foram aplicadas mais de R$ 300 milhões em multas à concessionárias e nenhuma delas teria sido paga até o momento.
A companhia afirmou ainda que fez grandes investimentos para elevar a qualidade do serviço e enfrentar os desafios como os trazidos pelas mudanças climáticas. "Em São Paulo, desde 2018, quando assumiu a concessão, a Enel já investiu R$ 8,36 bilhões, com média de cerca de R$ 1,4 bilhão por ano, quase o dobro da média anual de R$ 800 milhões realizada pelo controlador anterior."
Segundo a empresa, com reflexo dos investimentos, os indicadores operacionais DEC (que mede o tempo médio durante o qual cada unidade consumidora fica sem energia elétrica) e FEC (que contabiliza o número de interrupções ocorridas) registraram melhora de quase 50% desde 2017, e estão melhores que as metas estabelecidas pela Aneel.
Por fim, o grupo italiano reiterou que pretende investir no Brasil US$ 3,647 bilhões (aproximadamente R$ 18 bilhões) entre os anos de 2024 e 2026, dos quais cerca de 80% serão investidos no segmento de distribuição.
Vale lembrar que além da área de concessão na região metropolitana de São Paulo, a Enel opera distribuidoras de energia no Rio e no Ceará. Além disso, também tem realizado investimentos em geração de energia renovável.
"Com o plano estratégico da nova gestão, que prevê investimentos substanciais, a empresa decidiu reforçar ainda mais o seu compromisso com o País, a fim de melhorar a resiliência do sistema elétrico. Para realizar esse ambicioso projeto, a Enel certamente encontrará a total cooperação e apoio de todas as instituições do país", conclui a empresa.
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