Bolsa retoma os 128 mil pontos e dólar cai a R$ 5,02 com alta do minério de ferro; Vale sobe 5,5%

Fortes altas da Petrobras e de bancos também contribuíram para a alta da Bolsa

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Economia Mercado financeiro 08/04/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira registrava alta de mais de 1% na tarde desta segunda-feira (8) apoiada por um forte avanço das ações da Vale, que surfaram na disparada do minério de ferro no exterior e subiram mais de 5%.

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O bom desempenho da commodity também fortaleceu o real, e o dólar registrou queda expressiva em relação à moeda brasileira.

A alta do minério de ferro tem como pano de fundo a esperança de possíveis medidas para reforçar o setor siderúrgico na China e por expectativas de uma onda de reabastecimento pós-feriado por parte de siderúrgicas do país.

"Houve uma alta bastante expressiva [do minério] pelas expectativas mais positivas sobre a China. Considerando os níveis de preços que a Vale está, essa recuperação no minério de ferro acabou facilitando a alta bastante expressiva da Vale. Sendo o principal papel da Bolsa, acabou puxando bastante o índice [Ibovespa]", diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Fortes altas da Petrobras e de bancos também contribuíram para a alta da Bolsa.

Com isso, o Ibovespa terminou o dia em alta de 1,62%, aos 128.857 pontos, segundo dados preliminares, enquanto o dólar fechou em queda de 0,96%, cotado a R$ 5,023.

As ações da Vale foram as mais negociadas da sessão e avançaram 5,45%. Já a Petrobras teve alta de 1,49% em seus papéis preferenciais (sem direito a voto) e de 1,38% nos ordinários (com direito a voto).

No cenário interno, as ações da Petrobras registraram mais um dia de instabilidade em meio à recente crise envolvendo o presidente da companhia, Jean Paul Prates. Os papéis da petroleira começaram o dia subindo, desaceleraram as perdas e chegaram a cair no início da tarde. No fim do pregão, no entanto, engataram forte alta, mesmo em dia de queda do petróleo no exterior.

Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) para discutir o futuro de Prates. O chefe do Executivo já havia convocado uma reunião na noite de domingo (7), mas o encontro foi cancelado.

Agora, investidores aguardam definições sobre o comando da Petrobras, Jean Paul Prates. Rumores envolvendo a demissão de Prates ganharam força após entrevista à Folha de S.Paulo do ministro de Minas que admitiu haver conflito entre o seu papel e o do presidente da empresa.

A situação fiscal do país também segue no foco de investidores. Nesta segunda, a Folha de S.Paulo noticiou que o governo estuda fixar a meta fiscal de 2025 para um patamar entre 0% e 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto), um objetivo menor que os 0,50% hoje previstos.

A possível mudança, no entanto, não impactou a avaliação de risco do país. As taxas de juros futuros locais apresentavam baixa nesta tarde, e o índice que mede o chamado "risco Brasil" também recuava.

MERCADO AGUARDA NOVOS DADOS DE INFLAÇÃO NOS EUA

Apesar da baixa do câmbio nesta segunda, as incertezas sobre a inflação e os juros no cenário global seguem persistindo.

"A cautela com o cenário inflacionário internacional leva à alta dos juros, com a taxa de dois anos americana rompendo a média (móvel) de 200 dias e atingindo as máximas desde novembro de 2023", destacou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Os rendimentos de treasuries de vencimentos mais longos, como os de 10 e 30 anos, também rondavam os níveis mais altos desde o final do ano passado, em meio a expectativas por dados de inflação ao consumidor dos EUA de quarta-feira.

O dado deve mostrar um aumento na inflação geral para 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de 3,2% em fevereiro, segundo economistas consultados pela Reuters.

As chances de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed (Federal Reserve, banco central americano) em junho eram calculadas em 46%, abaixo dos 51% de sexta-feira, mostravam dados do CME Group, depois que dados recentes reforçaram a percepção de uma economia norte-americana resiliente.

"Dados mais fortes dos EUA e preços do petróleo mais elevados sugerem que os rendimentos dos EUA ainda podem oferecer vantagens, embora acreditemos que a Fed responderá mais ao dado de inflação desta semana do que aos fortes números de empregos não agrícolas", disse o Citi em nota, acrescentando que a evolução dos preços do petróleo e de alimentos é um obstáculo para a desinflação dos mercados emergentes -o que pode levar a cautela no afrouxamento monetário.

Ainda assim, o banco disse que continua vendo ambiente favorável a divisas latino americanas de alto rendimento.

Borsoi, da Nova Futura, também chamou a atenção nesta segunda-feira para o forte avanço dos contratos futuros do minério de ferro, impulsionados pela esperança de possíveis medidas para reforçar o fraco setor siderúrgico na China e pelas expectativas de uma onda de reabastecimento pós-feriado por parte das siderúrgicas do país.

O real é muito sensível às oscilações dessa commodity, uma vez que é chave na pauta de exportação nacional.

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