Israel vai tomar as próprias decisões sobre resposta ao Irã, diz Netanyahu

Washington diz que está planejando impor novas sanções contra o programa de mísseis e drones do Irã nos próximos dias

© <p>Getty Images</p>

Mundo Guerra 17/04/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Enquanto líderes de países ocidentais pedem moderação a Israel após o ataque com mísseis e drones do Irã, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou nesta quarta-feira (17) que Tel Aviv vai tomar as "próprias decisões" na crise que ameaça um conflito mais amplo no Oriente Médio. A declaração ocorreu no momento em que o gabinete de guerra israelense discute, já há quatro dias, como será a resposta à ofensiva de Teerã.

PUB

Os Estados Unidos, a União Europeia e os países do G7, o grupo que reúne as principais economias do mundo, anunciaram planos para impor sanções mais rígidas ao regime iraniano com o objetivo de apaziguar e persuadir a coalizão liderada por Netanyahu de evitar o endosso por um ataque direto ao Irã.

Também como parte dos esforços para arrefecer a crise, os chanceleres do Reino Unido, David Cameron, e da Alemanha, Annalena Baerbock, encontraram-se nesta quarta com Netanyahu, em Tel Aviv, onde manifestaram apoio, mas reforçaram os pedidos de "prudência" em uma eventual retaliação.

"Quero deixar claro que tomaremos nossas próprias decisões e que o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender", respondeu Netanyahu, segundo comunicado divulgado por seu gabinete.

A repórteres Baerbock disse que o agravamento do conflito não serviria a ninguém. "Nem à segurança de Israel, nem às muitas dezenas de reféns que ainda nas mãos do Hamas, nem à sofrida população de Gaza, nem às pessoas no Irã que estão sofrendo sob o regime, nem aos outros países da região que simplesmente querem viver em paz."

Os apelos por moderação ocorreram enquanto o gabinete de guerra de Israel se encontrava pelo quarto dia consecutivo, nesta quarta, numa tentativa de tentar definir como será a resposta ao Irã. Militares israelenses confirmaram que o país irá retaliar, mas diferentes propostas de ação continuam à mesa. Segundo a imprensa israelense, a intenção de Tel Aviv é fazer ações coordenadas com os Estados Unidos, sem desencadear uma guerra regional.

Washington diz que está planejando impor novas sanções contra o programa de mísseis e drones do Irã nos próximos dias e espera que seus aliados sigam o exemplo. Os líderes da UE devem discutir o assunto em uma cúpula em Bruxelas, e as medidas também estão na pauta das negociações do G7 na Itália.

Teerã lançou no último sábado (13) um ataque sem precedentes contra Israel em resposta ao bombardeio à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, em 1º de abril –o regime iraniano responsabiliza Tel Aviv pela ofensiva, que não assumiu autoria.

Os cerca de 300 mísseis e drones iranianos foram, em sua maioria, interceptados pelas forças israelenses e aliados. Tel Aviv, porém, diz que responderá à ofensiva para preservar a credibilidade de seus meios de dissuasão. Já o regime iraniano diz considerar o assunto encerrado, mas ameaça retaliar novamente se Israel o fizer.

Desde que Israel declarou guerra ao Hamas na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, as forças do país relatam escaramuças diárias com grupos alinhados ao Irã baseados no Líbano, na Síria, no Iêmen e no Iraque.

Em Gaza, quase 34 mil palestinos já foram mortos desde o início do conflito, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Os militares israelenses disseram nesta quarta que caminhões de alimentos entraram no território palestino a partir do porto de Ashdod pela primeira vez desde que Tel Aviv, sob pressão internacional, aprovou a abertura do local para ingresso de ajuda humanitária.

Os veículos passaram por verificações de segurança no porto e depois foram admitidos em Gaza através da passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel. Na terça (16), o escritório de direitos humanos da ONU disse que Israel continua a impor restrições ilegais à ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e declarou que o auxílio ainda está muito abaixo dos níveis mínimos.

Tel Aviv tem enfrentado pressão internacional cada vez maior para permitir a entrada de mais suprimentos na Faixa de Gaza desde que atingiu um comboio de ajuda humanitária em 1º de abril, matando sete funcionários da ONG WCK (World Central Kitchen).

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Problemas de Saúde Há 13 Horas

Ator da Globo que pediu Pix é novamente internado

fama MC Mirella Há 14 Horas

MC Mirella expulsa os pais de casa: "Não quero mais morar junto"

politica Bolsonaro Há 12 Horas

'Vamos partir pra guerra': golpistas pediam 'orientação' a general próximo de Bolsonaro

mundo Dominique Pelicot Há 14 Horas

Homem que permitiu estupros da esposa por 10 anos: 'Vou morrer como cão'

politica BOLSONARO-PF Há 4 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

fama Gisele Bündchen Há 13 Horas

Grávida e radiante, Gisele Bündchen exibe barriguinha ao ir à academia

lifestyle Saúde Há 13 Horas

Quatro sinais de que você está consumindo açúcar em excesso diariamente

justica São Paulo Há 11 Horas

'Quem vai devolver meu filho?', lamenta pai de universitário morto em abordagem da PM

fama KIM-KARDASHIAN Há 14 Horas

Kim Kardashian sensualiza com seu robô da Tesla, adquirido por R$ 170 mil

fama ED-MOTTA Há 9 Horas

Ed Motta pede desculpas após demitir integrante de sua equipe em show